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Área plantada de florestas de eucalipto em Mato Grosso do Sul para abastecer as plantas de celulose e papel já instaladas - ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO
Por: Editorial | 04/05/2024 11:13
Os municípios de Figueirão e Alcinópolis são apontados como possíveis próximos endereços para a instalação de uma nova indústria de celulose em Mato Grosso do Sul.
Atraída pelos incentivos fiscais, a localização e o ambiente favorável, a implantação de um novo megaempreendimento contribui para o fortalecimento do Vale da Celulose no Estado, totalizando cinco plantas.
Ainda não confirmado, o novo empreendimento seria fruto de negociações da multinacional Portucel Moçambique, empresa criada pela portuguesa The Navigator Company.
A nova planta contaria ainda com tecnologias avançadas e práticas sustentáveis de manejo ambiental.
Destino preferencial de megaempreendimentos de celulose de eucalipto e papel nos últimos anos, Mato Grosso do Sul se destaca por sua riqueza em mão de obra, localização estratégica e ainda o potencial no mercado externo, o que resulta em quase 25% da produção nacional de celulose, com 5,5 milhões de toneladas por ano.
“Um investimento do porte que deverá ser o da Portucel vai representar um importante mecanismo de crescimento econômico. A empresa deverá empregar uma grande massa de trabalhadores, tanto direta como indiretamente”, analisa o economista Eduardo Matos.
Matos, o incremento da produção industrial resultará em um aumento da atividade de serviços, comércio e até mesmo de outras indústrias, além de contribuir para o aumento da arrecadação de impostos.
“É importante citar que, quando uma grande indústria se instala em um local, antes mesmo do início de suas operações, traz a reboque diversos empreendimentos, uma vez que haverá um aumento do fluxo monetário no local, abrindo a oportunidade para outras empresas, sejam elas fornecedores diretas ou indiretas da fábrica, além daqueles que visam atender os novos colaboradores, ou seja, fortalece o fluxo circular da renda”, acrescenta o economista.
O doutor em Administração Leandro Tortosa aponta ainda que a demanda por madeira para a fábrica de celulose estimulará o crescimento da silvicultura na região, promovendo o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para os produtores rurais.
A instalação da fábrica trará novas tecnologias para o Estado, o que poderá impulsionar o desenvolvimento de outros setores da economia”, afirma. (Correio do Estado)
