Enquanto RS submerge, seca reduz safra de milho no centro-norte do Brasil

Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta ameaças de tempestades, o centro-norte do Brasil sofre com uma estiagem prolongada, comprometendo a safra de milho. A EarthDaily Agro alerta que a falta de chuvas reduzirá o potencial produtivo dessa importante cultura.

Os efeitos do fenômeno El Niño estão sendo sentidos, limitando as chuvas nas regiões centrais e do norte, enquanto o sul experimenta precipitações mais intensas. Nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Paraná, responsáveis por 90% da segunda safra de milho, a falta de chuvas é preocupante, com um déficit de quase 88% em relação à média histórica.

Enquanto isso, o Rio Grande do Sul enfrenta inundações, afetando principalmente as lavouras de soja e arroz. Embora seja o maior produtor de milho da primeira safra, o estado não planta a segunda safra, conhecida como "safrinha", que responde por 75% da produção nacional. Essa segunda safra está ameaçada pela seca no centro-norte do país.

A EarthDaily Agro estima uma redução de 2% a 4% na produtividade do milho segunda safra, devido à estiagem. Felippe Reis, analista da empresa, ressalta que os danos não serão tão severos devido ao ciclo adiantado das lavouras, que minimizou o impacto da seca.

Os estados produtores de milho enfrentam um dos menores volumes de chuva em pelo menos 30 anos, segundo dados climáticos. Isso, combinado com temperaturas acima da média, aumenta a evapotranspiração e reduz a umidade do solo, prejudicando ainda mais a produção.

Até o momento, a safra de milho do Brasil está estimada em 111 milhões de toneladas, com queda de 16% em relação ao ano passado. A expectativa é que a Conab atualize esses números em breve. (Com informações Canal Rural)