Ministro da agricultura defende autoembargos após caso de doença de Newcastle em Anta Gorda

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, justificou a decisão do governo brasileiro de impor autoembargos para mais de 40 mercados após a confirmação de um caso de doença de Newcastle em uma granja comercial em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. A medida foi adotada para prevenir a propagação da doença e mitigar possíveis impactos negativos no comércio internacional.

“A decisão de aplicar o autoembargo foi crucial para evitar riscos maiores. Caso novos casos surgissem em outras regiões, poderíamos enfrentar repercussões muito graves”, afirmou Fávaro. O Ministério da Agricultura suspendeu preventivamente a exportação de produtos avícolas para 44 países, com restrições variando desde uma área de dez quilômetros ao redor de Anta Gorda até a totalidade do território nacional, conforme o mercado receptor.

Essa ação está em conformidade com os requisitos dos certificados sanitários internacionais e reflete a preocupação do ministério em assegurar a confiança dos compradores internacionais da carne de frango brasileira. “Fechamos o mercado do Rio Grande do Sul para garantir tranquilidade aos nossos parceiros comerciais”, destacou Fávaro durante uma entrevista coletiva após reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro acrescentou que o Brasil está em diálogo constante com os principais mercados consumidores de carne de frango e espera reduzir gradualmente as áreas de restrição à medida que as medidas de controle forem apresentadas e avaliadas. “Estamos trabalhando para diminuir o círculo de restrição imposto pela doença de Newcastle”, concluiu Fávaro. (Informações Canal Rural)