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Brasil não precisa de total independência em fertilizantes, afirma Presidente da Eurochem na América do Sul


Foto: Nilani Goettems/Valor Por: Editorial | 02/08/2024 09:56

Durante o Rio+Agro, fórum para o desenvolvimento agroambiental sustentável, Gustavo Horbach, presidente da Eurochem na América do Sul, afirmou que o Brasil não precisa ser totalmente independente em termos de fertilizantes para garantir a sua soberania nacional. Em conversa com o Valor, Horbach destacou a importância de aprofundar os estudos do subsolo e investir na produção local para assegurar a continuidade do setor. "Nenhum país é 100% independente em relação à importação de fertilizantes. O que é necessário é uma produção local suficiente para garantir a continuidade. A discussão sobre a porcentagem dessa produção local é secundária; o foco deve ser em investimentos", explicou Horbach, que participou de um painel sobre o mercado de fertilizantes.

Horbach elogiou o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), aprovado pelo governo federal em novembro de 2023, que visa reduzir a dependência nacional de fertilizantes estrangeiros através da reativação de fábricas, incentivos a novas plantas e investimento em nutrientes sustentáveis. O plano tem como meta alcançar até 50% da demanda interna com produção nacional até 2050. Atualmente, cerca de 87% dos fertilizantes utilizados na agricultura brasileira são importados. O executivo destacou que o governo, sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin, tem desempenhado um papel estratégico no avanço do plano, mas enfatizou que a iniciativa privada precisa intensificar os investimentos.

Outras empresas também estão ampliando seus investimentos no setor. A Atlas Agro, representada por Rodrigo Santana, anunciou a construção da primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados a partir de hidrogênio verde em Uberaba (MG), com um investimento de R$ 4,3 bilhões. A unidade usará uma matriz 100% limpa, baseada em fontes renováveis como solar e eólica. Já a Minas Port, uma empresa brasileira, investiu R$ 200 milhões na construção de uma misturadora de fertilizantes no Porto do Açu, no norte fluminense. Marcelo Marra, presidente da Minas Port, destacou que a instalação terá uma capacidade nominal de movimentar 850 mil toneladas de fertilizantes por ano e visa atender a demanda do mercado interno com custos mais competitivos, além de explorar potenciais incentivos fiscais. (Informações Globo Rural)




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