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Governo monitora preços do arroz, diz ministro


Foto: Pixabay Por: Editorial | 21/08/2024 16:59

Na manhã desta quarta-feira (21/08), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, anunciou que o governo federal está atento ao comportamento dos preços do arroz, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha alertado para o aumento dos preços em algumas regiões. A preocupação principal, destacada pela indústria nacional, é a influência da variação cambial sobre o custo do cereal para os consumidores.

Em meio a uma possível compra de arroz importado — uma proposta controversa anunciada após as enchentes no Rio Grande do Sul — o governo federal parece estar recuando. A Medida Provisória que autoriza a realização de leilões para aquisição de arroz estrangeiro perderá validade no próximo dia 5 de setembro, e não há esforços visíveis da base governista para votá-la e torná-la lei.

"Recebi uma ligação do presidente Lula, que mencionou o aumento no preço do arroz. Estamos monitorando a situação para evitar maiores aumentos", disse Teixeira durante a abertura da IX Reunião da Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento e Comercialização na América Latina e Caribe (SPAA), em Brasília.

Teixeira ressaltou que o governo considera que o preço adequado do arroz deve girar em torno de R$ 90 a R$ 100 por saca de 50 quilos. Atualmente, o preço médio, conforme medido pelo Cepea, é de R$ 117,25, com uma alta de apenas 0,65% desde o início do mês.

"O arroz é um alimento essencial na mesa dos brasileiros e deve ser acessível para todos. Estamos trabalhando para estimular a produção em várias regiões do país, especialmente no Rio Grande do Sul, para garantir preços mais justos", afirmou Teixeira. Ele também mencionou que a Medida Provisória 1.217/2024, que permite a compra de arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), será utilizada até o último dia de sua validade, indicando que a medida não deverá ser renovada.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, reforçou que não há planos para compras internacionais no momento e que qualquer variação nos preços internos será tratada com produção nacional. "Estamos monitorando de perto os preços e trabalhando com o setor produtivo para resolver qualquer problema que surja. Até agora, as questões identificadas foram resolvidas após diálogo e ajustes na cadeia produtiva", explicou Pretto.

A Conab está preparando uma nota técnica para propor contratos de opção para compra de arroz na próxima safra, com valores superiores ao preço mínimo para incentivar o aumento da produção. O objetivo é diversificar a produção em várias regiões, como o Centro-Oeste, sul do Maranhão, Tocantins, Piauí, oeste da Bahia, Minas Gerais e São Paulo, para reduzir a dependência de um único estado.

"Estamos incentivando o plantio de arroz em diferentes regiões para enfrentar a vulnerabilidade climática e garantir uma oferta estável", concluiu Teixeira.




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