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Prévia da inflação: preços sobem 0,19% em agosto, puxados por alta na gasolina


Divulgação Por: Editorial | 27/08/2024 10:21

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou uma alta de 0,19% em agosto, uma desaceleração em relação aos 0,30% de julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo Transportes liderou a alta, com um aumento de 0,83%, impulsionado principalmente pelo preço da gasolina, que subiu 3,33% e gerou um impacto de 0,17 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Outros combustíveis também apresentaram alta, como o etanol (5,81%), o gás veicular (1,31%) e o óleo diesel (0,85%).

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas registrou uma queda de 0,80%, puxada principalmente pelo recuo nos preços do tomate (-26,59%), da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%). Esta é a segunda queda consecutiva nesse grupo, que teve um impacto negativo de 0,17 p.p. no índice geral.

No grupo Educação, a alta foi de 0,75%, influenciada pelos aumentos nos preços dos cursos regulares, especialmente no ensino superior (1,13%) e fundamental (0,57%).

O acumulado da inflação nos últimos 12 meses ficou em 4,35%, enquanto no ano, de janeiro a agosto, atingiu 3,02%. A meta de inflação do governo para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,50 p.p. para cima ou para baixo, estabelecendo um limite máximo de 4,50%.

Habitação e Outros Itens

No grupo Habitação, o gás de botijão apresentou uma alta significativa de 1,93%, enquanto a energia elétrica residencial registrou uma queda de 0,42%, após o retorno da bandeira tarifária verde.

Alimentação

Os preços dos alimentos continuam em queda, com destaque para o recuo nos preços de itens básicos como o tomate, batata-inglesa e cebola. No entanto, o café moído teve um aumento de 3,66%, contribuindo para uma alta de 0,02 p.p. no índice.

A alimentação em domicílio caiu 1,30%, intensificando a queda de 0,70% observada em julho. Por outro lado, a alimentação fora do domicílio apresentou uma aceleração, com um aumento de 0,49%, impulsionado por altas mais intensas no preço de lanches e refeições.

Este cenário reflete uma combinação de fatores que continuam a pressionar a inflação, apesar das quedas em itens essenciais, como alimentos, que ainda aliviam o bolso do consumidor.




Diário do Interior MS
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