Proprietários rurais do Pantanal, em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que enfrentaram os impactos dos recentes incêndios florestais agora têm acesso a condições diferenciadas de crédito através do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). A nova medida, aprovada na reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel) na tarde de quarta-feira (11), visa apoiar a recuperação econômica e ambiental das propriedades afetadas.
A reunião foi marcada pela presença do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que representou o governador Eduardo Riedel. Também participaram Augusto de Castro, coordenador de Competitividade Empresarial da Semadesc, e Edson Izé, analista técnico da Semadesc. Barbosinha destacou o compromisso do governo em apoiar o Pantanal e os produtores rurais, ressaltando que as novas propostas do Condel oferecem soluções concretas, como financiamentos mais acessíveis e prazos estendidos.
As condições de crédito diferenciadas para o Pantanal foram previamente validadas em uma reunião do pré-Condel, que envolveu a Sudeco, governos estaduais do Centro-Oeste, Banco do Brasil e representantes do setor produtivo. Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o recurso é essencial para que os proprietários rurais possam recuperar cercas, replantar pastagens e manter a produção pecuária, particularmente na produção de bezerros, crucial para a economia local.
O Banco do Brasil, principal operador do FCO, e a Sudeco agora devem implementar as adequações necessárias para que os proprietários possam apresentar suas cartas-consulta de financiamento. Para acessar essa linha de crédito especial, os interessados precisarão comprovar danos significativos causados pelos incêndios florestais.
O financiamento abrange investimentos em recuperação de pastagens, infraestrutura rural, compra de insumos e outras atividades necessárias para a retomada da produção. Com taxas de juros médias de 6% ao ano, compatíveis com as condições de mercado, os beneficiários terão até 12 anos para quitar o financiamento, incluindo um período de carência de até três anos. As taxas de juros são subsidiadas e variam conforme o tamanho do produtor, que pode ser mini, pequeno, médio ou grande. Além disso, o financiamento pode cobrir até 100% do valor necessário para a recuperação das áreas afetadas, sem exigência de contrapartida financeira por parte do beneficiário.