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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destaca preocupação com inflação dos alimentos e afirma que aumento de juros não é a solução


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Por: Editorial | 12/09/2024 16:28

Na quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com a inflação dos alimentos, exacerbada pelo prolongamento da seca. Em declaração no Ministério da Fazenda, Haddad afirmou que, embora o aumento dos preços dos alimentos seja uma questão preocupante, a solução não está na elevação da taxa de juros pelo Banco Central (BC). “A inflação nos preocupa um pouco, especialmente em função das condições climáticas. Estamos monitorando a situação e o impacto do clima sobre os preços dos alimentos e, possivelmente, da energia. No entanto, a inflação resultante desse fenômeno não é resolvida por meio de juros. Juros são uma questão distinta”, destacou o ministro.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá para decidir sobre a Taxa Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano. A expectativa é que a Selic possa ser aumentada em 0,25 ponto percentual para conter a pressão inflacionária, que inclui a alta do dólar e o aquecimento do mercado de trabalho. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central, os analistas projetam que a taxa será elevada para 11,25% ao ano até o final do ano.

Haddad mencionou que o Banco Central está analisando o cenário de forma técnica e que a decisão será aguardada com expectativa. Esta será a primeira reunião do Copom após a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central no próximo ano. A recente divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou uma deflação de 0,02% em agosto, reduziu a pressão para um aumento mais significativo da Selic. O índice, que apresentou a primeira deflação desde junho do ano passado, foi influenciado pela queda no preço da energia, embora se espere que a bandeira vermelha na conta de luz possa afetar a inflação nos próximos meses.

Sobre o crescimento econômico, Haddad antecipou que o Ministério da Fazenda deve revisar sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 para acima de 3%. “Estamos finalizando os ajustes e devemos anunciar a nova projeção esta semana. No entanto, acredito que o crescimento de 3% já está praticamente garantido e será significativo para a economia”, afirmou o ministro.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente que o PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre em comparação ao trimestre anterior e 3,3% em relação ao mesmo período de 2023, superando as expectativas do mercado.




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