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Sementes 'piratas' geram prejuízo de R$ 2,5 bilhões por ano no Brasil


Foto: Wenderson Araújo/CNA Por: Editorial | 14/09/2024 10:45

A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) está intensificando suas ações contra a "pirataria" no setor de sementes com a recriação do Comitê de Combate à Pirataria. O objetivo é coibir o comércio ilegal de sementes, que representa um problema significativo para o mercado.

"Comercializar sementes ilegais é um crime. Estamos colaborando com diversos órgãos para aprimorar a legislação, propondo penas de prisão e multas para quem continuar praticando essas irregularidades", declarou Ronaldo Troncha, presidente executivo da Abrasem, em entrevista à Globo Rural durante o Congresso Brasileiro de Sementes, realizado na última semana em Foz do Iguaçu (PR).

Os prejuízos com o comércio ilegal de sementes no Brasil são estimados em R$ 2,5 bilhões anuais, com o mercado da soja, que movimenta R$ 20 bilhões por ano, concentrando a maior parte das sementes não certificadas. No Rio Grande do Sul, 56% das sementes usadas não são certificadas, um índice bem acima da média nacional de 35%, conforme informado por Troncha.

A Abrasem aponta que é difícil calcular com precisão os índices de "pirataria" devido às múltiplas origens das sementes não certificadas. Estas incluem sementes produzidas clandestinamente e aquelas reservadas pelos produtores para a safra seguinte, conhecidas como sementes salvas. Embora a legislação permita o uso de sementes salvas, sua comercialização é ilegal.

Além da soja, as sementes não certificadas também afetam as culturas de arroz, algodão, feijão e forrageiras temperadas. No entanto, estados como Mato Grosso e Paraná têm registrado níveis de comercialização de sementes não certificadas abaixo de 20%.




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