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Presença feminina marca novo viveiro da Suzano em Ribas do Rio Pardo


Fotos: Mairinco de Pauda Por: Editorial | 16/09/2024 15:19

Coletar, plantar e cuidar. Essas atividades, comuns em qualquer viveiro de mudas, ganham um protagonismo feminino no empreendimento recém-inaugurado pela Suzano em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. O viveiro do Projeto Cerrado, que já opera parcialmente desde o início de 2024, empregará cerca de 240 pessoas, das quais 85% são mulheres. Todas as colaboradoras são moradoras da cidade e foram qualificadas por meio de programas de formação oferecidos pela própria Suzano em parceria com instituições locais.

(Funcionárias fazem a preparação das mudas que serão cultivadas na parte externa do viveiro em Ribas do Rio Pardo)

A participação das mulheres no setor florestal do município vem crescendo, impulsionada por iniciativas de qualificação profissional, fruto de parcerias entre o governo do estado e entidades como Senai, Senat, Senac, Senar e Sebrae. Esse movimento faz parte de uma estratégia maior para inserir mulheres em áreas tradicionalmente dominadas por homens, como o setor de base florestal, que abrange desde o manejo de florestas até a produção de madeira e celulose.

O programa MS Qualifica desempenha um papel fundamental nesse processo, capacitando mulheres para atuarem em diversas áreas, desde a operação de maquinário pesado até funções administrativas e de gestão ambiental. A formação inclui cursos rápidos que abordam operação de equipamentos específicos, técnicas de plantio e manejo sustentável, além de treinamentos em segurança do trabalho e responsabilidade socioambiental.

(Mulheres são maioria em viveiro de mudas inaugurado em Ribas do Rio Pardo e mostram a força da inserção no mercado de trabalho)

Esaú Aguiar, secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho (Sequalit), destaca o viveiro como um exemplo concreto de transformação e inserção no mercado de trabalho. "O viveiro demonstra uma tendência clara da inclusão feminina na indústria. E esse número tende a crescer com novas oportunidades", afirmou. Ele também ressaltou a importância de a comunidade de Ribas do Rio Pardo reconhecer essas oportunidades, que surgirão gradualmente conforme o aumento da produção.

Inclusão e impacto econômico

Marina Dobashi, diretora-presidente da Funtrab (Fundação de Trabalho de Mato Grosso do Sul), sublinha que a inclusão de mulheres no setor florestal não apenas promove igualdade de gênero, mas também fortalece a economia local. "Isso abre novas possibilidades de emprego e carreira para as mulheres da região. Além disso, a presença feminina no setor florestal pode criar um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo, resultando em melhorias na produtividade e na qualidade do trabalho", afirmou.

(Primeira-dama Mônica Riedel e a funcionária do viveiro Gelva de Jesus)

Essa iniciativa reflete um esforço contínuo do governo para derrubar barreiras históricas que limitavam a participação feminina em setores industriais, enquanto atende à crescente demanda por profissionais qualificados no setor de celulose e papel, em franca expansão na região de Ribas do Rio Pardo. Um exemplo desse avanço é Gelva de Jesus, 50 anos, que sempre trabalhou com mudas na região. Ela viu na Suzano uma oportunidade de aprimorar suas habilidades e agora atua como plantadora no viveiro. "A sensação é maravilhosa de coletar, plantar e ter uma profissão", compartilhou. Sua filha seguiu o mesmo caminho e também trabalha no viveiro.

Qualificação e investimento

A Suzano investiu R$ 31,75 milhões em formação profissional para as operações florestais no âmbito do Projeto Cerrado. Segundo Carlos Aníbal de Almeida, diretor de operações florestais da empresa, foram mais de 20 mil horas de treinamento para operadores, mecânicos e operadores de máquinas de colheita. "Estamos comprometidos com a equidade e a inclusão. Fazemos questão de que, no mínimo, 85% das vagas sejam preenchidas por mulheres da região. Também queremos incluir pessoas com deficiência (PcDs) no viveiro, tornando esse projeto um exemplo de inclusão social", ressaltou Almeida.

Expansão da inclusão feminina

A inserção da mão de obra feminina em diferentes setores da economia estadual também é observada pela Sequalit. De acordo com Esaú Aguiar, das 7.300 pessoas inscritas no programa Voucher Transportador, 1.294, ou cerca de 18%, são mulheres. Dentre elas, 668 já foram convocadas, e 122 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) foram emitidas para mulheres. Em Mato Grosso do Sul, o número de CNHs das categorias D e E emitidas para mulheres já soma 8.546.

Esses dados reforçam o avanço da participação feminina no mercado de trabalho e em setores tradicionalmente ocupados por homens, como o de transporte e logística, consolidando um cenário de maior diversidade e inclusão no estado.




Diário do Interior MS
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