A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), anunciou o lançamento de um edital inédito para o Programa de Residência em Extensão Rural da Agricultura Familiar. A iniciativa, realizada por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais (Seaf), prevê um investimento de R$ 5,4 milhões.
O objetivo do programa é integrar recém-formados ao mercado de trabalho, oferecendo treinamentos práticos e supervisionados. A iniciativa visa aproximar o meio acadêmico da realidade da agricultura em Mato Grosso do Sul, contribuindo para a formação de profissionais capacitados para atender às demandas dos diversos segmentos do setor agropecuário.
"O programa permitirá que jovens formados em cursos ligados às Ciências Agrárias e áreas afins atuem diretamente em unidades produtivas da agricultura familiar, bem como em comunidades de povos originários e tradicionais. Isso fortalecerá a nova geração de extensionistas rurais e impulsionará a produtividade no estado. Estamos à frente na busca por soluções que gerem segurança alimentar, aumentem a produção e promovam maior qualificação e renda para todos", destacou Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect.
Além de fortalecer a agricultura familiar, o programa também beneficiará as comunidades tradicionais e indígenas de Mato Grosso do Sul, levando serviços especializados e mão-de-obra qualificada para aumentar a produtividade e reduzir custos no agronegócio.
Os profissionais das Ciências Agrárias terão a oportunidade de trabalhar em áreas estratégicas como Carbono Neutro, Agroflorestas, Horticultura, Pecuária de Leite, Apicultura, Agricultura urbana e periurbana, além de temas como Comercialização, Agroindústria, Cooperativismo e Associativismo.
Humberto de Mello Pereira, secretário da Seaf, informou que 40 profissionais serão selecionados para atuar diretamente na realidade da agricultura familiar. "Todas as universidades públicas e particulares estarão envolvidas, permitindo a incorporação de egressos com até cinco anos de formação para trabalhar experimentalmente nas diversas áreas do programa", explicou o secretário.