O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reunirá nesta quinta-feira (17) com líderes da União Europeia (UE) em Bruxelas, Bélgica. O objetivo da visita é angariar apoio para seu “plano de vitória”, que busca encerrar a ofensiva militar russa no país, iniciada em fevereiro de 2022.
Zelensky apresentou o plano ao Parlamento ucraniano na quarta-feira (16), delineando cinco pontos principais para resolver o conflito:
- Adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan);
- Fortalecimento das defesas ucranianas, incluindo autorização para aliados utilizarem suas armas de longo alcance no território russo;
- Dissuasão estratégica não nuclear contra a Rússia, com um pacote a ser implantado em solo ucraniano;
- Proteção conjunta dos recursos naturais essenciais da Ucrânia pelos Estados Unidos e pela UE, além da utilização conjunta do potencial econômico do país;
- Substituição de algumas tropas norte-americanas na Europa por tropas ucranianas no pós-guerra.
Durante a reunião, Zelensky apresentará todos os pontos do plano, incluindo elementos confidenciais reservados para “aliados importantes”. Em seguida, ele se reunirá com os ministros da Defesa da Otan, também em Bruxelas.
“Temos ouvido a palavra ‘negociações’ de nossos parceiros, enquanto ‘justiça’ é mencionada com menos frequência. A Ucrânia está aberta à diplomacia, mas a uma diplomacia honesta. É por isso que apresentamos a Fórmula da Paz, que garante negociações sem impor injustiças à Ucrânia. Os ucranianos merecem uma paz justa”, afirmou Zelensky.
A apresentação do “plano de vitória” ocorre em meio ao fortalecimento das tropas russas, que continuam a avançar no leste da Ucrânia. Apesar da assistência ocidental, Kiev enfrenta dificuldades para conter a ofensiva, o que leva Zelensky a buscar autorização do Ocidente para usar mísseis de longo alcance contra a Rússia, uma estratégia que tem sido até agora proibida. Ele também reitera o desejo de adesão à Otan, mesmo diante da posição da aliança de que isso ocorrerá apenas após o término da guerra, uma vez que todos os países-membros teriam que responder a ataques russos, potencialmente resultando em um conflito global.