O mercado físico do boi gordo em São Paulo seguiu sua trajetória positiva e registrou, nesta terça-feira (12/11), um novo aumento de R$ 2 por arroba, alcançando o preço de R$ 337 por arroba. Apesar dessa valorização, os pecuaristas estão tentando levar a cotação a níveis mais altos, com pedidos de R$ 350 por arroba, embora, segundo levantamento da Scot Consultoria, ainda não tenha ocorrido negociação nesse patamar.
A alta no preço aconteceu mesmo com a ausência de alguns frigoríficos nas negociações no Estado, devido às programações de abate mais curtas, que cobrem apenas de quatro a seis dias. A escassez de oferta e a pressão pela valorização do produto continuam sendo fatores importantes no cenário atual.
Além do boi gordo, a cotação da vaca e da novilha também subiu. A vaca teve um aumento de R$ 3 por arroba, passando a valer R$ 310, enquanto a novilha passou a ser cotada a R$ 320 por arroba. O "boi China", animal com características específicas para a exportação de carne para o mercado chinês, também registrou valorização, com aumento de R$ 5 por arroba, atingindo R$ 340 por arroba, um ágio de R$ 3.
A boa performance da exportação de carne bovina continua a impulsionar os preços do gado, com dados indicando um ritmo forte nas vendas externas. Até a segunda semana de novembro, a média diária de carne bovina in natura exportada foi de 12,3 mil toneladas, o que representa um aumento de 30,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em relação ao preço da carne no mercado internacional, o valor médio da tonelada exportada foi de US$ 4,8 mil, refletindo um crescimento de 36,9% no faturamento em comparação com 2023, segundo dados do governo federal. Esse cenário de alta nas exportações tem dado sustentação aos preços no mercado interno e contribuído para a firmeza da cotação do boi gordo. (Informações Globo Rural)