O hacker de 36 anos, preso em Jundiaí no último dia 15, foi apontado pela Polícia Civil como o autor de diversas ameaças de explosão do Congresso Nacional. Ele "cobrou" R$ 450 mil para evitar que o suposto atentado acontecesse.
A ação foi realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da Delegacia de Investigações Gerais de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de Campinas.
A CBN Campinas teve acesso ao conteúdo de um dos e-mails enviados pelo hacker, que usava um endereço falso e criptografado. No texto, ele afirmava que havia escondido uma bomba com uma substância chamada pentrita, que possui alto poder destrutivo. Ele exigia o pagamento de R$ 450 mil para uma conta bancária especificada no e-mail, alegando que, caso contrário, "pedaços de corpos seriam retirados do local por um mês".
As mensagens eram enviadas aos gabinetes de ministros federais, incluindo os do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, além das ameaças de explosão, e-mails com conteúdo homofóbico, xenofóbico e ofensivo também foram encaminhados a diversos políticos de todo o país. A polícia do Rio Grande do Sul foi responsável pela operação após uma deputada do sul também ter sido vítima dos ataques virtuais.
Por meio do cruzamento de dados com outras delegacias, a investigação descobriu vários boletins de ocorrência semelhantes, incluindo ameaças a outros deputados, vereadores e até ameaças de bomba em São Paulo, no STF e no Senado.
A identidade do hacker era investigada há pelo menos cinco anos, antes mesmo da ameaça de explosão do Congresso.(CBN)