Em um marco histórico, o Brasil e outros 81 países anunciaram nesta segunda-feira (18) a formação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, durante a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. A iniciativa busca acelerar a erradicação da fome e da pobreza, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.
A aliança conta com o apoio de 24 grandes organizações internacionais, 9 bancos de desenvolvimento e 31 entidades filantrópicas. A adesão da Argentina, liderada por Javier Milei, foi confirmada após longas negociações, consolidando o compromisso regional com a causa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência do problema em seu discurso. "Enquanto houver famílias sem comida na mesa, crianças mendigando nas ruas e jovens sem esperança de um futuro melhor, não haverá paz", afirmou. Lula também ressaltou a eficácia de políticas públicas como o Bolsa Família e programas de refeições escolares, enfatizando sua contribuição para combater a fome e restaurar a dignidade das pessoas.
A Aliança estabelece como meta erradicar a fome e a pobreza até 2030, além de reduzir desigualdades e fomentar parcerias globais. Sua governança é estruturada em três pilares principais:
Para supervisionar suas atividades, a Aliança realizará Cúpulas Regulares Contra a Fome e a Pobreza e contará com um Conselho de Campeões de Alto Nível.
O Brasil se comprometeu a financiar metade dos custos do Mecanismo de Apoio da Aliança até 2030, com contribuições adicionais de países como Alemanha, Noruega, Bangladesh, Portugal e Espanha. A estrutura completa de governança estará operacional até 2025, e o Brasil fornecerá suporte temporário para funções essenciais até lá.
Embora lançada no contexto do G20, a Aliança funcionará de forma independente, com o apoio contínuo das futuras presidências do grupo. A iniciativa representa um passo crucial para enfrentar desafios globais e promover o desenvolvimento sustentável. (Informações SBT News)