A Polícia Civil de Nioaque concluiu, nesta segunda-feira (18), a investigação sobre o desaparecimento de Leiza Ávila Ferraz, de 59 anos, ocorrido em 2 de outubro. Um homem de 49 anos foi indiciado e responderá pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.
De acordo com a investigação, Leiza foi dada como desaparecida após comunicar, via WhatsApp, que estava em Campo Grande com um amigo. Quando os familiares não conseguiram mais contato, registraram um boletim de ocorrência. As primeiras apurações revelaram que todos os pertences pessoais de Leiza estavam em sua casa, exceto seu celular.
Após diligências, a polícia descobriu que Leiza não havia saído da cidade e que mensagens enviadas para a família possivelmente foram feitas por outra pessoa. A investigação levou até a casa de A.S., vizinho da vítima, onde foi encontrado um carregador de celular compatível com o de Leiza.
A.S. inicialmente alegou ter ajudado a esconder o corpo da vítima, mas, após contradições em seu depoimento, confessou ser o autor do crime. Segundo ele, a motivação foi patrimonial: acreditando que Leiza tinha dinheiro em casa, ele a surpreendeu em sua residência, amarrou e amordaçou a vítima, que faleceu, possivelmente por asfixia. O suspeito também revelou que realizou um "pix" da conta de Leiza antes de ocultar o corpo e enviar mensagens em seu nome para enganar a família.
O corpo de Leiza foi encontrado em um aterro sanitário, parcialmente incinerado, e as análises iniciais confirmaram que a ossada era compatível com a vítima. O exame de DNA ainda está em andamento, mas a arcada dentária e próteses encontradas foram identificadas como pertencentes à vítima.
O suspeito teve sua prisão temporária convertida em preventiva e permanece detido, enquanto a investigação segue em andamento para apurar todos os detalhes do caso. (Informações PCMS)