O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta quarta-feira (20) que os militares envolvidos no plano de golpe de Estado e no assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não agiram em nome das Forças Armadas. Segundo ele, os suspeitos agiram de forma independente e, se culpados, devem ser rigorosamente punidos.
“São pessoas que pertencem às Forças Armadas, mas não estavam representando os militares, estavam com seus CPFs. Foi iniciativa de cada um. E eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça. Quem mancha os nomes das Forças Armadas, se culpados, sejam punidos”, declarou o ministro.
O plano, descoberto pela Polícia Federal, resultou na prisão de quatro militares e um agente da corporação. A execução, que também mirava o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, estava prevista para 15 de dezembro de 2022, antes da posse do governo eleito.
Os investigados planejavam usar um arsenal de guerra, incluindo metralhadoras M249, fuzis e lança-granadas. A conspiração também cogitava envenenamento como método de assassinato.
Segundo a Polícia Federal, o plano, intitulado "Punhal Verde e Amarelo", foi elaborado com técnicas militares avançadas e previa a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerenciar os conflitos após as ações. O general Mário Fernandes, que serviu no governo de Jair Bolsonaro (PL), é apontado como o responsável por imprimir o documento no Palácio do Planalto.
“As investigações revelam que o grupo utilizou elevado conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações”, informou a PF. A operação segue em andamento para identificar possíveis novos envolvidos no esquema. (Informações SBT News)