A Petrobras anunciou mudanças em sua estratégia para a transição energética até 2029, com ênfase em projetos que aproveitam sua infraestrutura existente, como biocombustíveis e petroquímica, ao invés de investir pesadamente em novas fontes de energia renovável. A principal novidade é o retorno da empresa ao mercado de etanol, do qual havia se retirado em 2017, reforçando sua intenção de contribuir para a descarbonização de acordo com as metas nacionais.
O novo plano estratégico da Petrobras prevê um aporte de US$ 4,3 bilhões em projetos de energias renováveis, um valor inferior aos US$ 5,2 bilhões do plano anterior, com foco em energia eólica e solar. Apesar de uma redução nas metas, o projeto ainda visa uma potência de 4,5 GW, superando a capacidade planejada no plano anterior de 5 GW.
A mudança no foco da Petrobras segue uma tendência observada entre as petroleiras europeias, que têm diminuído os investimentos em energias renováveis devido ao baixo retorno financeiro desses ativos. Em contraste, as empresas americanas continuam a manter investimentos pesados na exploração de petróleo e gás. Para a Petrobras, a aposta em biocombustíveis como o etanol está mais alinhada à sua capacidade de infraestrutura e expertise.
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, defendeu a decisão de retomar o etanol, argumentando que a empresa segue em sintonia com as metas de descarbonização do Brasil. "Não é verdade que não estamos em sintonia com as metas nacionais", afirmou, destacando que a empresa continua a investir em energia eólica e solar, embora com uma análise mais rigorosa da rentabilidade dos projetos. (Informações Globo Rural)