O setor lácteo do Rio Grande do Sul vive um momento de estabilização, mas com uma expectativa de queda de 1% na produção no último trimestre de 2024, após uma diminuição mais acentuada de 5,9% entre outubro de 2023 e setembro de 2024. Essa projeção foi divulgada pela Secretaria da Fazenda do Estado em parceria com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS). Segundo o vice-presidente do Sindilat/RS, Alexandre Guerra, a perda das pastagens devido ao clima adverso afetou a alimentação do gado e, consequentemente, a produção de leite.
O impacto das condições climáticas também se refletiu na logística das indústrias, com algumas precisando alterar suas operações, o que aumentou os custos de produção. Guerra ainda apontou que as enchentes e chuvas de maio agravaram a situação, contribuindo para a desaceleração do mercado lácteo no estado.
Em relação aos preços, o Conseleite-RS projeta uma queda de 4,96% no valor do leite para novembro de 2024, com o litro sendo cotado a R$ 2,4561, em comparação aos R$ 2,5844 de outubro. No consolidado de outubro, o preço médio ficou em R$ 2,5456, uma leve redução de 0,05% em relação ao mês anterior, um movimento considerado comum devido à sazonalidade da produção.
A variação dos preços de outubro reflete as flutuações típicas do setor, de acordo com o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen. Ele explicou que as projeções mensais são baseadas nos dados dos primeiros 20 dias de produção, enquanto o valor consolidado do mês é calculado com base nos 30 dias de produção.
O mercado continua atento aos desafios climáticos e econômicos, enquanto os produtores e indústrias tentam se adaptar às mudanças e equilibrar os custos e a produção.