Enquanto o mercado de livros impressos experimentou um crescimento modesto de apenas 1% neste ano, as vendas de bíblias dispararam, registrando um impressionante aumento anual de 22%. Nos Estados Unidos, a expectativa é que as vendas de bíblias ultrapassem 15 milhões de exemplares em 2024, superando os 9 milhões registrados cinco anos atrás.
O dado mais surpreendente vem da Geração Z, com quase metade dos jovens afirmando que a leitura da Bíblia teve um impacto transformador em suas vidas. Entre os jovens de 18 a 21 anos, 49% relataram mudanças significativas após a leitura, enquanto entre os de 22 a 26 anos, esse número sobe para 52%.
Esse fenômeno não passou despercebido pela indústria editorial. A Harper Collins, uma das maiores editoras do mundo, incluiu em seu relatório anual para investidores a forte influência das vendas de bíblias nos resultados financeiros da companhia.
A Bíblia, com suas mais de 780 mil palavras e escrita ao longo de 1.600 anos por cerca de 40 autores diferentes, é a obra literária mais antiga e a mais vendida da história. Sua organização oficial, feita no século V por São Jerônimo, a pedido da Igreja Católica, consolidou os mais de 70 livros que compõem o texto sagrado. Ao longo dos séculos, a Bíblia tem sido a fonte primária de sabedoria, fé e reflexão para milhões de pessoas ao redor do mundo, com sua narrativa que vai desde a criação do mundo (Gênesis) até as visões apocalípticas do fim dos tempos (Apocalipse).