A gestão de Gabriel Galípolo à frente do Banco Central começou oficialmente nesta quarta-feira (1º), após um período interino iniciado em 21 de dezembro. Galípolo assume com desafios já delineados: a Selic, atualmente em 12,25% ao ano, pode subir até 14,25% para conter a inflação, enquanto o dólar permanece acima de R$ 6, marcando uma alta histórica.
A troca no comando ocorre em meio a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula acusou Campos Neto de agir politicamente para prejudicar o país. Apesar disso, Galípolo indicou em coletiva que sua atuação seguirá em grande parte o modelo anterior, destacando que o Brasil “gabaritou” fatores que justificam o atual cenário econômico.
A proximidade de Galípolo com Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá trazer maior estabilidade às políticas do BC. Lula já sinalizou que Galípolo terá "mais autonomia", o que pode contribuir para reduzir as variações nas taxas de câmbio e reforçar a coordenação econômica.