A posse de Nicolás Maduro, marcada para esta sexta-feira (10), ocorre sob forte tensão política na Venezuela. A cerimônia, com presença limitada de chefes de Estado, reflete a contestação nacional e internacional ao resultado das eleições presidenciais do ano passado, consideradas controversas pela oposição e por diversos países.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro venceu o pleito com 52,21% dos votos contra 44,2% de Edmundo González, principal opositor. A oposição alegou fraude, desencadeando protestos violentos no país. Apesar da pressão de líderes internacionais pela divulgação das atas eleitorais, Maduro rejeitou os pedidos, e a Justiça venezuelana confirmou sua vitória.
O dia é marcado por ameaças de manifestações oposicionistas. O regime aumentou a segurança, com medidas como a ameaça de abater aeronaves clandestinas, temendo um retorno inesperado de González, que se exilou na Espanha após alegar pressões e um acordo forçado com o governo.
Na cerimônia, confirmaram presença os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Nicarágua, Daniel Ortega. Já Colômbia e México serão representados por seus embaixadores. Em contraste, União Europeia, Canadá e Estados Unidos não enviarão representantes, reconhecendo González como presidente eleito. O Brasil ainda avalia sua participação devido à repressão política em Caracas.