Integrantes da cúpula nacional do MDB criaram uma força-tarefa nos estados para evitar que o PSDB de Marconi Perillo se una ao PSD de Gilberto Kassab, e, ao mesmo tempo, buscam uma fusão com os tucanos. O objetivo é garantir a sobrevivência política de ambos os partidos após as eleições gerais de 2026, especialmente diante das dificuldades impostas pelas cláusulas de barreira.
Em Mato Grosso do Sul, a ministra Simone Tebet e o ex-governador André Puccinelli são os responsáveis por convencer o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja a desistirem de uma possível fusão com o PSD. As conversas estão avançadas, com o ex-presidente Michel Temer e outras lideranças do MDB atuando junto aos tucanos para desviar a fusão para o partido de Baleia Rossi.
Puccinelli se mostrou favorável à união entre MDB e PSDB e declarou, em entrevista ao Correio do Estado, que fará esforços para garantir que essa fusão seja realizada. Segundo ele, a fusão seria essencial para garantir a continuidade das siglas no cenário político, especialmente considerando as dificuldades para manter representatividade após as eleições de 2026.
O ex-governador também defendeu a ideia de que, após as eleições, o Brasil deverá ter menos partidos, já que as legendas precisam cumprir critérios eleitorais rigorosos para sobreviver. A fusão entre MDB e PSDB, segundo Puccinelli, seria uma estratégia crucial para o futuro político dos dois partidos, garantindo-lhes o acesso a recursos como fundo partidário, fundo eleitoral e tempo de rádio e TV.
Apesar da disputa política, a definição sobre a fusão entre os partidos deverá ser tomada somente em março de 2025, com Marconi Perillo minimizando as divergências locais dentro do PSDB.