O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi detido nesta quarta-feira (15), tornando-se o primeiro presidente em exercício do país a ser preso. Yoon foi levado para um centro de detenção perto de Seul após ser interrogado por autoridades anticorrupção. A prisão ocorre em meio a uma investigação sobre a imposição de uma Lei Marcial no mês passado, e o político enfrenta acusações de rebelião, podendo ser condenado a uma longa pena de prisão.
Antes de ser preso, Yoon gravou uma mensagem de vídeo, na qual afirmou que "o estado de direito entrou em colapso total" na Coreia do Sul. Ele justificou a imposição da Lei Marcial como uma medida legítima de governança diante da oposição "anti-estado". Desde sua destituição, o presidente se encontrava recluso na residência de Hannam-dong, desafiando várias intimações. A imposição da Lei Marcial foi vista por Yoon como uma resposta à oposição, que, segundo ele, usava sua maioria legislativa para bloquear suas iniciativas.
Embora seus advogados tivessem tentado negociar para que Yoon se apresentasse voluntariamente à agência anticorrupção, a proposta foi rejeitada, e o mandado de prisão foi executado. A investigação liderada pelo Escritório de Investigação de Corrupção, em colaboração com a polícia e as Forças Armadas, está apurando se a declaração da Lei Marcial foi uma tentativa de golpe. A operação desta quarta-feira envolveu mais de mil agentes e ocorreu semanas após o serviço de segurança presidencial ter impedido a primeira tentativa de prisão. (Com informações da Associated Press)