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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre as medidas de Donald Trump, destacando a possibilidade de negociação do Brasil em resposta às tarifas sobre aço e alumínio. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Por: Editorial | 12/02/2025 09:00
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as medidas unilaterais adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como as tarifas comerciais de 25% sobre aço e alumínio importados, apontando que tais ações são prejudiciais à economia global. Em declaração nesta terça-feira (11), Haddad afirmou que esse tipo de medida gera uma retração econômica e contribui para a desglobalização, embora tenha enfatizado a necessidade de uma globalização sustentável. O impacto dessas tarifas sobre a economia brasileira ainda está sendo analisado pelo governo.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) está reunindo informações sobre a decisão de Trump, que serão levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliação. Haddad ressaltou que a imposição das tarifas não é direcionada apenas ao Brasil, mas a diversos países, e que existe a possibilidade de o governo brasileiro negociar a situação, com base nas diretrizes do G20, grupo das maiores economias do mundo.
O ministro destacou que o Itamaraty também está envolvido nas discussões e que, até o momento, não há uma avaliação completa dos impactos econômicos para o Brasil. Haddad anunciou que se reunirá com representantes das indústrias de aço e alumínio após retornar de viagem ao Oriente Médio, para discutir o impacto da sobretaxação nesses setores.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou contra a decisão de Trump, lembrando que o Brasil é o quarto maior exportador de aço e ferro para os Estados Unidos, com cerca de 54% das exportações desses produtos destinados ao mercado americano. A CNI afirmou que buscará alternativas para reverter a elevação das tarifas e que o caminho preferencial será o diálogo, para evitar retaliações que possam afetar outros setores produtivos. (Com informações Agência Brasil)
