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Os reajustes nos preços dos combustíveis em Mato Grosso do Sul refletem aumentos no ICMS e nos valores das refinarias. Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado
Por: Editorial | 14/02/2025 10:30
Nos últimos dias, os postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul elevaram os preços da gasolina, do óleo diesel e do etanol, refletindo um cenário de reajustes no setor. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do etanol aumentou R$ 0,15 desde o início do mês, passando de R$ 3,92 para R$ 4,07. No caso da gasolina, o aumento foi de R$ 0,17, indo de R$ 5,96 para R$ 6,13. O óleo diesel também subiu, com uma elevação de R$ 0,28, de R$ 6,03 para R$ 6,31.
De acordo com o mestre em Economia Eugênio Pavão, a alta do etanol é uma consequência direta da elevação do preço da gasolina, pois o biocombustível compõe o valor do combustível fóssil. "Sempre que a gasolina sobe, o etanol acaba subindo também", explica Pavão.
Além do aumento do ICMS sobre a gasolina, que entrou em vigor no início de janeiro, o diesel teve um reajuste de R$ 0,22 nos preços praticados pela Petrobras nas refinarias. Apesar disso, a troca da gasolina pelo etanol ainda continua vantajosa para os motoristas de Mato Grosso do Sul. Para determinar se a substituição é vantajosa, basta dividir o valor do etanol pelo da gasolina. Quando o resultado é inferior a 0,70, a troca é indicada. No Estado, o cálculo para o etanol a R$ 4,07 e a gasolina a R$ 6,13 resulta em 0,66, o que confirma a viabilidade da troca.
O economista Eduardo Matos destaca que, apesar da alta, o preço do etanol em Mato Grosso do Sul ainda é um dos mais baixos do país, o que é um reflexo dos investimentos na produção de cana-de-açúcar e na instalação de usinas de etanol de milho.
A produção nacional de etanol também se manteve robusta. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) informou que em 2024 o Brasil atingiu a maior produção de etanol da história, com 36,83 bilhões de litros, dos quais 7,7 bilhões foram feitos a partir do milho. Isso consolidou o país como o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. (Com informações Correio do Estado)
