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Futebol Brasileiro em Debate: Jogadores se posicionam contra gramado sintético


Jogadores e especialistas destacam os riscos do uso de grama artificial, especialmente em altas temperaturas
Jogadores como Neymar, Gabigol e Lucas Moura se unem em campanha contra o uso de gramado sintético no futebol brasileiro. Fotos: Raul Baretta/ Santos, Gustavo Aleixo/ Cruzeiro e Rubens Chiri/ São Paulo Por: Editorial | 18/02/2025 15:20

A utilização de gramados sintéticos voltou a ser tema de intensos debates no futebol brasileiro nesta terça-feira (18), com jogadores da Série A lançando a campanha #NãoAoGramadoSintético nas redes sociais. Nomes como Neymar, Gabigol, Lucas Moura, Thiago Silva, Phillipe Coutinho e Memphis Depay se uniram para expressar seu descontentamento com o uso de grama artificial nas competições nacionais, destacando o impacto que ela pode ter na saúde dos atletas e na qualidade do jogo.

Em uma publicação em conjunto, os jogadores afirmaram: "Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. Nas ligas mais respeitadas do mundo, os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim. Futebol é natural, não sintético. #NãoAoGramadoSintético".

O gramado sintético, popularmente chamado de "tapetinho" pelos torcedores, está presente em alguns estádios brasileiros, como Allianz Parque (Palmeiras), Ligga Arena (Athletico-PR), Nilton Santos (Botafogo) e Pacaembu. O Atlético-MG também pretende utilizar grama artificial na Arena MRV a partir deste ano. Para ser aprovado, o gramado sintético deve atender a critérios de qualidade estabelecidos pela Fifa, que incluem o quique e a rolagem da bola, a tração e a planicidade.

Entretanto, a engenheira agrônoma Maristela Kuhn alertou para os perigos do gramado sintético em altas temperaturas, como as que afetam o Brasil no início de 2025. Ela explicou que, enquanto os gramados naturais têm a capacidade de controlar a temperatura do solo, os sintéticos podem atingir temperaturas extremamente altas, o que pode resultar em queimaduras para os jogadores. "O gramado sintético pode alcançar até 80, 90 graus, o que pode causar sérios problemas de saúde, como queimaduras nos pés", destacou.

Esse debate sobre o uso de gramado sintético não é exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, a NFL já enfrenta críticas sobre o uso da grama artificial, especialmente após lesões graves como a de Aaron Rodgers. No futebol, jogadores como Luis Suárez, devido a problemas no joelho, são poupados de atuar em campos sintéticos por recomendação médica.

Embora existam soluções tecnológicas para lidar com os desafios do calor em estádios com gramado sintético, como a climatização das arenas, no Brasil a realidade ainda é desafiadora. A engenheira agrônoma sugeriu mudanças práticas, como a alteração nos horários das partidas e treinos, para evitar o impacto do calor extremo nas condições do gramado.

Enquanto isso, a luta contra o gramado sintético segue com a mobilização dos jogadores, que pedem mais investimentos na infraestrutura dos estádios e uma maior atenção à saúde dos atletas. (Com informações CNN Brasil)




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