Após bater sucessivos recordes no início deste mês, os preços do café na Bolsa de Nova York enfrentaram uma realização e indicam que podem ter atingido o teto. Na quinta-feira (20/2), os contratos com vencimento em maio registraram uma queda de 5,34%, fechando a US$ 3,8990 por libra-peso.
Ricardo Schneider, presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais (CCCMG), observa que, em um cenário de alta volatilidade, com fundamentos de oferta e demanda bem definidos, o mercado parece indicar que os preços podem ter atingido um limite. “É difícil prever, mas os preços chegaram a um ponto onde, se subirem muito mais, não há negociação, e se caírem, também não haverá movimentação significativa no mercado”, afirmou.
Embora Schneider acredite que o café tenha encontrado um teto para as altas, ele ressalta que os fatores que impulsionaram os preços recordes ainda permanecem, como a expectativa de uma safra menor para 2025/26 e o aumento contínuo do consumo, tanto no mercado interno quanto externo.
No mercado de suco de laranja, o cenário é oposto. Com boas projeções de oferta para o Brasil, o suco concentrado e congelado (FCOJ) seguiu em queda na Bolsa de Nova York. Os contratos com entrega para maio caíram 4,11%, para US$ 3,1815 a libra-peso.
O mercado de cacau também registrou queda. Os contratos para maio caíram 1,28%, fechando a US$ 10.267 por tonelada. Da mesma forma, o algodão apresentou queda, com os contratos de maio fechando a 67,47 centavos por libra-peso, uma queda de 0,31%.
Por outro lado, o açúcar foi a única commodity agrícola a fechar com preços mais altos. Os contratos de açúcar demerara para maio subiram 1,86%, atingindo 19,75 centavos de dólar por libra-peso. (Com informações Globo Rural)