As principais agências federais dos Estados Unidos, incluindo o FBI, o Departamento de Estado e o Pentágono, se recusaram a cumprir a mais recente exigência imposta por Elon Musk. A ordem, que visa a reduzir os gastos do governo, exige que os funcionários federais relatem suas atividades da semana anterior, sob pena de demissão.
O e-mail enviado pela equipe de Musk no último sábado (22) dava um prazo de 48 horas para que os servidores listassem cinco realizações de suas funções. Musk alertou que aqueles que não cumprissem a exigência até a meia-noite de segunda-feira (horário de Washington) seriam demitidos. A medida gerou controvérsias, especialmente entre as autoridades nomeadas pelo ex-presidente Donald Trump, que resistiram à imposição da ordem.
Fontes ligadas ao governo indicaram que a exigência de Musk conta com o apoio de Trump, mas essa postura encontrou forte oposição de sindicatos e parlamentares, que consideram a medida ilegal. O assunto gerou reações rápidas e resultou em ações judiciais, com advogados de trabalhadores federais argumentando que a ordem viola a legislação trabalhista dos Estados Unidos.
A ação judicial, protocolada em tribunal federal da Califórnia, busca barrar as demissões e questiona a legalidade da imposição de relatórios semanais. O Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), órgão responsável pela administração de recursos humanos no governo federal, também foi citado no processo, com a petição alegando que a exigência de relatórios semanais nunca teve precedentes na história do funcionalismo público dos EUA.
A medida, que pode resultar em demissões em massa, foi classificada por defensores dos trabalhadores como "uma das maiores fraudes trabalhistas da história dos EUA", acirrando ainda mais o ambiente político e administrativo do país. (Com informações SBT News)