O Corinthians enfrenta uma missão quase impossível para reverter a desvantagem de 3 a 0 sofrida contra o Barcelona de Guayaquil na fase preliminar da Copa Libertadores. No século XXI, quando um time perde por três ou mais gols no jogo de ida, a eliminação ocorre em 96,6% dos casos. As únicas exceções foram em situações de altitude, como os casos da Universidad de Chile em 2012 e do River Plate em 2017.
Historicamente, viradas como essa eram mais frequentes, especialmente antes de 1987, quando o formato da competição era diferente. No entanto, no século XXI, quase metade dos confrontos eliminatórios aconteceu nas fases preliminares, como o atual do Corinthians, e a tendência é de que o time em desvantagem não consiga reverter. Em 19 ocasiões, times brasileiros abriram vantagens de três ou mais gols e conseguiram se classificar, mas a derrota do Corinthians em Guayaquil deixou o time com poucas opções.
O Corinthians precisará vencer por quatro gols de diferença para garantir a vaga na fase de grupos ou por três gols para levar a decisão aos pênaltis. O clube paulista já passou por essa situação em 2015, quando conseguiu reverter uma vantagem de 4 a 0 contra o Once Caldas (COL) na fase preliminar, mas atualmente a situação é ainda mais desafiadora. Outros times brasileiros, como Flamengo, Grêmio e Santos, já sofreram derrotas por 3 a 0 no jogo de ida e não conseguiram reverter.
As únicas exceções a essa estatística aconteceram em 2017, quando o River Plate, após perder por 3 a 0 para o Jorge Wilstermann, deu uma virada histórica e venceu por 8 a 0 em casa. A Universidad de Chile fez algo semelhante em 2012, virando um 3 a 0 contra o Deportivo Quito e vencendo por 6 a 0 na volta. Porém, no caso do Corinthians, a altitude não é um fator, e a equipe precisa de uma recuperação histórica para seguir adiante na competição. (Com informações Ge.globo)