O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado em 2 de abril, foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2007 com o objetivo de aumentar a compreensão e a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Mais de 17 anos depois, a iniciativa global evoluiu, ampliando seu foco para além da conscientização e promovendo aceitação, valorização e inclusão. O reconhecimento das contribuições das pessoas autistas para a sociedade tem sido essencial para garantir seus direitos e oportunidades.
A campanha de 2025 traz o tema “Promovendo a Neurodiversidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, abordando como políticas inclusivas podem impulsionar mudanças positivas para indivíduos autistas em todo o mundo e contribuir para um futuro mais sustentável.
O TEA é uma condição neurológica caracterizada por desafios na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Geralmente, se manifesta nos primeiros cinco anos de vida e pode variar amplamente em intensidade e características. Algumas pessoas autistas têm dificuldades significativas e necessitam de apoio contínuo, enquanto outras apresentam habilidades cognitivas avançadas.
Além disso, muitos indivíduos autistas convivem com condições associadas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
O autismo é um espectro amplo de condições relacionadas ao desenvolvimento do cérebro;
Estima-se que 1 em cada 100 crianças seja autista, mas a prevalência pode ser maior em alguns países;
O diagnóstico pode ocorrer ainda na infância, mas muitas vezes acontece tardiamente;
As necessidades das pessoas autistas variam ao longo da vida, e algumas necessitam de suporte contínuo;
Intervenções psicossociais baseadas em evidências podem melhorar a comunicação e a qualidade de vida;
A inclusão e o suporte social são fundamentais para garantir acessibilidade e bem-estar.
Embora não haja uma causa única, estudos indicam que fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos no desenvolvimento do TEA.
Os sintomas variam em três principais categorias:
Déficit severo na comunicação e interação social – Falta de contato visual, ausência de fala funcional, comportamento repetitivo e deficiência intelectual.
Dificuldade moderada de interação – Uso da linguagem sem função comunicativa, isolamento social e dificuldades na compreensão do ambiente.
Alta funcionalidade – Inteligência normal ou elevada, habilidades linguísticas preservadas e menor dificuldade na interação social.
Não há cura para o autismo, mas intervenções precoces e personalizadas podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades e melhorar a qualidade de vida. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e educadores.
Além do atendimento clínico, é essencial promover inclusão na sociedade, garantindo acessibilidade, suporte educacional e oportunidades no mercado de trabalho.
Embora não existam estudos nacionais sobre a prevalência do TEA, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 milhões de brasileiros sejam autistas.
Desde 2012, a Lei nº 12.764 estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, garantindo direitos e serviços essenciais. Em 2021, o Ministério da Saúde lançou a Linha de Cuidado para Crianças com TEA, organizando fluxos de atendimento e reforçando a importância do diagnóstico precoce.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte especializado através dos Centros Especializados em Reabilitação (CER), que prestam atendimento multiprofissional para diagnóstico e acompanhamento.
No Brasil, o dia 2 de abril foi oficializado como Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo pela Lei nº 13.652/2018.
A campanha nacional de 2025 traz o tema “Informação gera empatia, empatia gera respeito!”, destacando a importância do conhecimento na luta contra o preconceito e na promoção da inclusão.
O Institute of Neurodiversity (ION), em parceria com o Departamento de Comunicações Globais da ONU, organiza um evento anual reunindo especialistas, formuladores de políticas e pessoas autistas para debater temas como inclusão educacional, empregabilidade e acessibilidade urbana.
A edição de 2025 abordará como a neurodiversidade pode contribuir para políticas públicas mais igualitárias e inovadoras em diversas áreas da sociedade. Com informações Banco Virtual de Saude.