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Indígenas no agro: novo programa traz crédito e assistência técnica!


Medida atenderá inicialmente povos do Xingu e guarani kaiowá, com assistência técnica e acesso a crédito pelo Pronaf.
Por: Editorial | 02/04/2025 15:31

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou nesta quarta-feira (2) que o governo federal lançará um programa de assistência técnica especializada para apoiar comunidades indígenas no desenvolvimento de suas atividades agrícolas. A iniciativa, que será oficializada nos próximos dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa fornecer orientação e suporte para que esses povos possam aprimorar suas práticas produtivas.

Na primeira etapa, o programa atenderá os povos do Xingu e os guarani kaiowá, que vivem em Mato Grosso do Sul. Segundo o ministro, o objetivo é garantir que os indígenas tenham acesso não apenas à assistência técnica, mas também a linhas de financiamento já disponíveis dentro do Plano Safra, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Atualmente, o Pronaf A é voltado especificamente para indígenas e quilombolas, permitindo financiamentos de até R$ 50 mil, com juros de 5% ao ano e desconto de 20% sobre o valor total financiado. O governo federal também destinou R$ 4,17 bilhões de crédito extraordinário para o Plano Safra 2024/2025, sendo que R$ 3,53 bilhões serão utilizados para operações de custeio agropecuário e investimentos no setor rural e agroindustrial, enquanto R$ 645,7 milhões irão diretamente para as ações do Pronaf.

O ministro Paulo Teixeira ressaltou que a iniciativa do governo busca respeitar as especificidades culturais dos povos indígenas, permitindo que eles desenvolvam atividades agrícolas que estejam alinhadas às suas tradições. "Tem que ter uma cultura própria, porque os indígenas querem produzir seus alimentos, mas esbarram em coisas formais", afirmou.

Críticas do movimento indígena

Apesar dos investimentos anunciados, lideranças indígenas criticam a distribuição de recursos no setor agrícola. Segundo representantes do movimento indígena, enquanto o agronegócio recebe altos volumes de financiamento e incentivos, as demarcações de terras indígenas seguem paralisadas ou sem avanços significativos.

Além disso, lideranças argumentam que os recursos destinados ao setor indígena são insuficientes para garantir estrutura e pessoal necessário para a retirada de invasores das terras demarcadas, além da manutenção de equipes de segurança pública nas regiões mais vulneráveis.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) de Mato Grosso do Sul, os primeiros indígenas a acessarem recursos pelo Pronaf A foram os terena Oto Pauferro e Livrada Pauferro, moradores de uma aldeia no município de Nioaque. A expectativa do governo é que, com o novo programa de assistência técnica, mais comunidades indígenas possam ser incluídas no sistema de financiamento agrícola nos próximos anos. Com informaçãoes Canal. Rural.




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