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Pedro Kemp, Zeca do PT e Gleice Jane: bancada petista na Assembleia Legislativa de MS. Foto Arquvo
Por: Editorial | 06/04/2025 12:52
A defesa pública do governador Eduardo Riedel (PSDB) à anistia dos envolvidos na invasão aos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, provocou forte reação política em Mato Grosso do Sul. A manifestação gerou desconforto entre aliados e levou o deputado estadual Pedro Kemp (PT) a sugerir a saída do partido da base de sustentação do governo.
A posição do governador Eduardo Riedel (PSDB) a favor da anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro continua repercutindo negativamente. Em resposta, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) afirmou que o Partido dos Trabalhadores deve deixar a base aliada da gestão estadual.
“Acredito que chegou a hora do PT desembarcar desse governo. Não é possível conviver com um governo que apoia golpistas e não tem apreço pela democracia”, declarou Kemp.
O parlamentar defende que o partido inicie a construção de um projeto alternativo para as eleições de 2026, alinhado ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nosso compromisso é com a reeleição do presidente Lula, que lidera um projeto de combate às desigualdades sociais, defesa da democracia e crescimento sustentável. O PT em MS precisa apresentar uma proposta coerente com essa visão. Sem anistia para golpistas. Golpe nunca mais. Democracia sempre”, reforçou.
A declaração de Riedel foi publicada nas redes sociais no último sábado (5). Segundo o governador, a proposta de anistia deve ser encarada como uma medida humanitária e um gesto necessário para a pacificação do país.
“Tenho conversado com o governador Tarcísio de Freitas, a senadora Tereza Cristina e outras lideranças sobre a revisão das penalizações aplicadas aos acusados do 8 de janeiro. Em muitos casos, entendo que a anistia tem também um caráter humanitário”, escreveu.
Riedel argumentou ainda que o Congresso Nacional precisa votar o tema e que é injusto aplicar punições iguais para situações distintas. “Não dá para errar novamente tentando corrigir excessos do passado com novos excessos. É hora de superar a guerra política e focar na resolução dos problemas reais do Brasil.”
A fala do governador dividiu opiniões e expôs o desgaste político entre aliados locais, especialmente entre os partidos que integram a base de Lula no Estado.
