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Microsoft completa 50 anos: De império digital ao protagonismo na inteligência artificial


Empresa que popularizou o computador pessoal agora aposta tudo na computação em nuvem e na IA para liderar o futuro da tecnologia.
O cofundador e ex-CEO da Microsoft, Bill Gates, fala durante um evento de comemoração do 50º aniversário na sede da Microsoft, em Washington. — Foto: AP Photo/Jason Redmond Por: Editorial | 07/04/2025 15:39

Fundada em 1975, a Microsoft transformou o mundo da computação. De uma simples garagem nos Estados Unidos, a empresa criada por Bill Gates e Paul Allen se tornou uma potência global, presente em escritórios, escolas, fazendas e praticamente todos os setores da economia.

Neste 4 de abril, ao completar 50 anos, a gigante celebra uma trajetória marcada por inovações como o Windows, que popularizou os computadores pessoais, e o pacote Office, que virou sinônimo de produtividade no ambiente corporativo. Durante a pandemia, ferramentas como o Microsoft Teams também foram fundamentais para o trabalho remoto e a educação à distância. Hoje, a plataforma tem mais de 320 milhões de usuários diários.

Da garagem ao topo do mundo

A história da Microsoft começou com um software para o Altair 8800, um dos primeiros computadores pessoais. O sucesso levou a empresa, ainda chamada "Micro Computer Software", a mudar-se para Washington em 1979. Um ano depois, veio a parceria com a IBM e o lançamento do MS-DOS, que consolidou a Microsoft como referência em sistemas operacionais. O Windows viria em seguida para consolidar a dominância.

Atualmente, a empresa é a terceira mais valiosa do mundo, atrás apenas da Apple e da Nvidia. Bill Gates foi, por décadas, o homem mais rico do planeta, enquanto seu cofundador Paul Allen, falecido em 2018, deixou um legado importante mesmo após sair da empresa em 1983.

O presente é IA

Sob o comando de Satya Nadella desde 2014, a Microsoft passou por uma grande transformação. Nadella priorizou a computação em nuvem e, mais recentemente, colocou a inteligência artificial no centro da estratégia da empresa. Com investimentos bilionários em pesquisa, chips próprios e data centers, a Microsoft busca liderar a nova era tecnológica.

Ferramentas como o Microsoft Copilot já usam IA para redigir e-mails, gerar relatórios e automatizar tarefas, prometendo aumentar a produtividade. Porém, especialistas alertam para os riscos: desde perdas de empregos até problemas éticos e privacidade de dados.

Domínio absoluto — e preocupante?

A dependência global das ferramentas da Microsoft é imensa. Só na Alemanha, 96% dos órgãos públicos utilizam seu software, e quase 70% dos dados governamentais são hospedados em seus servidores. No mundo, 1,4 bilhão de dispositivos rodam Windows.

Esse nível de integração gera o chamado “efeito lock-in” — uma dependência tão forte que torna quase impossível migrar para outros sistemas. Para alguns governos, essa concentração de poder em uma única empresa levanta preocupações sobre soberania digital.

A União Europeia discute mais regulação e alternativas locais, mas especialistas como Antonio Krüger, do Centro Alemão de Pesquisa em IA, defendem que o caminho está em desenvolver um "campeão europeu" de software.

Olhando para o futuro

A Microsoft continua expandindo suas capacidades em IA e já anunciou, em fevereiro, o Majorana 1 — seu primeiro chip quântico. A promessa é que, com ele, seja possível construir computadores quânticos capazes de resolver problemas industriais complexos em anos, não décadas.

“Nós pensamos: o que seria o transistor da era quântica?”, explicou Chetan Nayak, cientista da empresa. “Com a nova arquitetura e materiais, criamos um novo tipo de qubit.”

Cinco décadas depois da fundação, a Microsoft segue na vanguarda da tecnologia — agora com olhos voltados para o próximo salto: a inteligência artificial e a computação quântica. Com informações G1.




Diário do Interior MS
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