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Titânio é considerado estratégico para o Brasil e tem uso nas indústrias aeroespacial, médica e de pigmentos. Foto: Divulgação
Por: Editorial | 13/04/2025 07:35
Um estudo inédito do Serviço Geológico do Brasil (SGB) identifica áreas com potencial para exploração de titânio no Paraná. O Mapa do Potencial de Titânio Hospedado em Regolitos no Grupo Serra Geral está alinhado às pesquisas internacionais e segue exemplos de países como Austrália e China, onde depósitos semelhantes já são explorados.
O regolito é o material intemperizado que cobre as rochas e pode acumular elementos de interesse econômico, como o titânio. Isso torna a extração potencialmente mais acessível do que em depósitos tradicionais.
A descoberta do depósito de titânio em Minga Porã, no Paraguai, motivou o estudo no território paranaense. A mineralização identificada no regolito sobre os basaltos do Grupo Alto Paraná — equivalente ao Grupo Serra Geral no Brasil — despertou o interesse pela região.
Este é o primeiro estudo sistemático sobre o potencial de titânio em regolitos do Grupo Serra Geral. A pesquisa integra dados geológicos, geoquímicos, geofísicos e de sensoriamento remoto, facilitando a descoberta de novos depósitos e reduzindo riscos e custos na exploração mineral.
O objetivo é fornecer base científica para a prospecção de titânio no Paraná, destacando áreas com potencial econômico e confirmando que processos de intemperismo e enriquecimento secundário podem formar depósitos viáveis.
Além de orientar a busca por titânio, o mapa apoia o planejamento territorial e ambiental. O titânio é estratégico para os setores aeroespacial, médico e de pigmentos, sendo considerado um mineral essencial pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Atualmente, o Brasil extrai titânio principalmente de areias de praia. O aproveitamento de regolitos pode diversificar a produção e reduzir a dependência externa.
Outra curiosidade é que os regolitos também podem concentrar minerais como terras-raras, níquel, cobalto e ferro, ampliando seu potencial econômico. A integração de técnicas de sensoriamento remoto, geofísica, geoquímica e cartografia tem se mostrado eficaz para localizar essas áreas sem a necessidade de extensas campanhas de campo. (Fonte: Núcleo de Comunicação do Serviço Geológico do Brasil)
