Cidade perdida de 2,5 mil anos é descoberta na Macedônia: Sítio revela vestígios de uma civilização antiga

Escavações em Gradishte mostram artefatos que datam desde a Idade do Bronze e indicam uma cidade próspera antes do Império Romano.

O que acreditava-se que era um posto militar é, na verdade, uma cidade perdida — Foto: Cal Poly Humboldt's Cultural Resources Facility. Por: Editorial | 14/04/2025 16:17

Escavações perto do sítio de Gradishte, na Macedônia, revelaram uma cidade antiga de 2,5 mil anos. Antes acreditava-se que o local, perto do vilarejo de Crnobuki, fosse um posto militar romano de passagem.

A descoberta sugere que Gradishte foi uma cidade próspera, com vida cultural e econômica vibrante, muito antes do Império Romano ou de Alexandre, o Grande.

Descobertas da escavação

A primeira menção à cidade perdida ocorreu em 1966, mas o local permaneceu um mistério até agora. Recentemente, escavações começaram a revelar pistas sobre o tamanho e a importância do sítio. Em 2023, o uso de tecnologias como o drone LIDAR, que mapeia o que está abaixo do solo, ajudou a confirmar a descoberta.

A escavação é conduzida por equipes do Cal Poly Humboldt, da Universidade Estadual Politécnica da Califórnia, e do Instituto e Museu da Macedônia-Bitola. Até o momento, uma acrópole, a parte mais alta da cidade, foi identificada, cobrindo 28.328 metros quadrados.

Foram encontrados diversos artefatos, como machados de pedra, moedas, um ingresso de teatro de argila, cerâmicas, peças de jogos e ferramentas têxteis. Esses achados indicam que a cidade esteve ativa desde 360 a.C., podendo ter sido habitada desde a Idade do Bronze.

Descobertas e possibilidades

O arqueólogo Nick Angeloff sugere que o sítio possa ser a capital perdida do Reino Lincéstida, fundado no século 7 a.C. Ele destaca a localização estratégica da cidade nas rotas para Constantinopla.

Há também a possibilidade de Gradishte ser o local de nascimento de Eurídice I, avó de Alexandre, o Grande, que teve papel importante na política da região.

Os pesquisadores continuarão aprofundando a investigação sobre a cidade perdida, com a esperança de revelar mais sobre a cultura e as redes da antiga Macedônia.

"Esses estudos são uma parte pequena da pesquisa sobre as primeiras civilizações europeias", afirmou Nasuh. "Cada nova pesquisa adiciona um ponto, até termos a imagem completa." Com informações Revista Galileu.