Mato Grosso do Sul registrou, na noite de quinta-feira (17), o oitavo caso de feminicídio em menos de quatro meses de 2025. A vítima, Ivone Barbosa da Costa Nantes, de 40 anos, foi morta com uma facada na cabeça, desferida pelo próprio namorado, no Assentamento Nazaré, em Sidrolândia.
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu dentro da casa de uma comadre da vítima, onde Ivone estava em visita, acompanhada do companheiro e do neto de cinco anos. No local também estavam os dois filhos adultos da dona da residência.
O caso reforça o alerta sobre o crescimento da violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul e reacende o debate sobre a necessidade de políticas públicas mais eficazes para acolhimento, proteção e resposta rápida às denúncias. Especialistas e entidades civis cobram medidas que fortaleçam os mecanismos de prevenção, especialmente nos casos em que já há histórico de agressões.
Em grande parte dos feminicídios registrados no estado em 2025, os agressores já apresentavam comportamento violento, o que revela falhas na aplicação de medidas protetivas e na atuação da rede de apoio.
Karina Corin, 29 anos – 1º de fevereiro, Caarapó
Morta com um tiro na cabeça disparado pelo ex-marido.
Vanessa Ricarte, 42 anos – 12 de fevereiro, Campo Grande
Jornalista assassinada a facadas pelo ex-noivo.
Juliana Domingues, 28 anos – 19 de fevereiro, Dourados
Morta a golpes de foice pelo marido, em acampamento indígena.
Mirieli Santos, 26 anos – 22 de fevereiro, Água Clara
Assassinada a tiros na casa do ex-marido.
Emiliana Mendes, 65 anos – 24 de fevereiro, Juti
Morta por asfixia e arrastada por cerca de 100 metros.
Giseli Cristina Oliskowiski, 40 anos – 1º de março, Campo Grande
Morta a pedradas e queimada pelo companheiro.
Alessandra da Silva Arruda, 30 anos – 29 de março, Nioaque
Assassinada a facadas pelo marido após uma discussão.
Ivone Barbosa da Costa Nantes, 40 anos – 17 de abril, Sidrolândia
Morta com facada na cabeça pelo namorado.
A escalada desses crimes evidencia a vulnerabilidade enfrentada por mulheres em situações de violência e a necessidade urgente de fortalecer os canais de denúncia, acolhimento e proteção em todo o estado.