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PSDB deve se fundir ao Podemos ainda em abril, mas fusão desagrada tucanos de MS


Movimentação nacional pode provocar debandada no Estado; aliados de Riedel estudam migração para partidos da base governista.
Foto: Reprodução Por: Editorial | 20/04/2025 10:43

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou que a fusão com o Podemos será oficializada até o final de abril. A junção, revelada ao portal UOL, já provoca resistência em filiados de Mato Grosso do Sul, onde o Podemos é comandado pela senadora Soraya Thronicke.

A insatisfação entre os tucanos sul-mato-grossenses pode resultar em uma debandada do partido. Vereadores e deputados terão 30 dias, após a fusão, para trocar de legenda sem perder o mandato por infidelidade partidária. Para os deputados, haverá nova janela partidária em 2026. Já os vereadores terão que esperar até 2028, caso não aproveitem o prazo imediato.

Entre os motivos da rejeição à fusão está a avaliação de que a união não resultará em ganhos expressivos, como aumento relevante no tempo de TV ou nos recursos do fundo partidário.

Em 2022, o Podemos recebeu R$ 236,66 milhões de fundo eleitoral, enquanto o PSDB ficou com R$ 147,95 milhões. Com a fusão, o novo partido teria R$ 381,1 milhões, ocupando a sétima colocação no ranking nacional, atrás do MDB, com R$ 404,6 milhões.

Na Câmara dos Deputados, a legenda unificada somará 25 parlamentares — 13 do PSDB e 12 do Podemos. No Senado, serão sete cadeiras: quatro do Podemos e três dos tucanos. Em prefeituras, o novo partido comandará 401 municípios — 274 do PSDB e 127 do Podemos.

Cenário em Mato Grosso do Sul

O governador Eduardo Riedel (PSDB) ainda não definiu se permanecerá na sigla. Ele tem sido cortejado por partidos como PP, PSD e Republicanos. Riedel, inclusive, já conversou com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre os parlamentares estaduais, o destino também é incerto.

Deputados como Zé Teixeira e Mara Caseiro, ambos do PSDB, demonstram interesse em migrar para o PL. No entanto, a cúpula da legenda de Jair Bolsonaro monitora de perto as movimentações para evitar a entrada de nomes que possam ameaçar os atuais mandatos, principalmente figuras com histórico de alta votação.

A tendência é que aliados do governador se distribuam entre partidos da base governista, como PSD, Republicanos e PL, conforme o novo desenho político se consolida após a fusão.




Diário do Interior MS
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