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Lula e Boric selam acordos e defendem democracia em encontro no Planalto


Presidentes assinam parcerias em segurança, defesa, IA e reforçam integração regional entre Brasil e Chile.
Lula recebe Gabriel Boric e Brasil e Chile avançam em cooperação. (Foto: Ricardo Stuckert / PR) Por: Editorial | 22/04/2025 16:19

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira (22/4), no Palácio do Planalto, o presidente do Chile, Gabriel Boric. O encontro foi marcado por discursos em defesa da democracia, integração regional e pela assinatura de acordos estratégicos entre os dois países. A reunião também celebrou os 189 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Chile.

Durante a visita, foram assinados memorandos de entendimento e tratados de cooperação em áreas como segurança pública, defesa nacional, agricultura e inteligência artificial. Um dos destaques foi o incentivo ao desenvolvimento de sistemas de IA que valorizem os idiomas e as expressões culturais latino-americanas.

Na área da segurança, os países firmaram uma parceria para o combate ao crime organizado transnacional e assinaram um tratado que amplia a assistência jurídica mútua em questões penais, reforçando investigações e processos criminais conjuntos.

Defesa da democracia e críticas à extrema-direita

Em coletiva de imprensa, Lula e Boric defenderam a união da América do Sul e a preservação dos valores democráticos. Boric destacou que nenhum país conseguirá enfrentar os desafios globais isoladamente e defendeu maior cooperação regional.

Lula criticou a histórica tendência do Brasil de voltar-se apenas para os países do Norte, deixando de lado seus vizinhos sul-americanos. “Só seremos fortes se estivermos juntos”, afirmou o presidente.

Lula também alertou sobre os riscos da ascensão da extrema-direita na região, defendendo instituições democráticas sólidas e constituições que garantam a democracia, independentemente de quem esteja no poder.

"Como será o Brasil se a extrema-direita voltar? E o Chile? E outros países? É só ver a diferença entre os Estados Unidos com Biden e com Trump", disse Lula.

Diferenças sobre a Venezuela

Apesar da aproximação entre Brasil e Chile, os presidentes demonstraram visões diferentes em relação à situação da Venezuela. Boric foi direto ao classificar o governo de Nicolás Maduro como uma ditadura e denunciou o processo eleitoral como fraudulento, criticando a ameaça de “banho de sangue” feita por Maduro.

Lula, embora tenha expressado preocupação com a exclusão de candidaturas da oposição na Venezuela, adotou uma postura mais diplomática. Ele afirmou ter ficado “assustado” com a declaração de Maduro, mas evitou rotular o governo venezuelano como ditadura e defendeu eleições transparentes.

Fórum empresarial e integração regional

Além da reunião com Lula, Gabriel Boric participou do Fórum Empresarial Brasil-Chile, ao lado de autoridades e representantes do setor privado dos dois países. O Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na América do Sul, com destaque para o setor industrial.

O evento também discutiu o projeto Rotas de Integração Sul-Americana, com foco na Rota Bioceânica de Capricórnio, que conectará portos do Brasil no Atlântico aos portos do Chile no Pacífico.

 

“Essa rota será fundamental para aproximar os dois países, gerando mais empregos e renda”, afirmou a ministra do Planejamento, Simone Tebet. Com informações Gazeta do Povo.




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