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Por: Editorial | 25/04/2025 09:30
Internado há 12 dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou uma "piora clínica", com elevação da pressão arterial e alterações nos exames hepáticos, conforme o boletim médico divulgado na quinta-feira pelo Hospital DF Star, em Brasília. Bolsonaro segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde a cirurgia para tratar uma "suboclusão intestinal", que é uma obstrução parcial do intestino.
No sábado, o ex-presidente já havia enfrentado um "episódio de alteração de pressão arterial", mas a situação foi estabilizada no domingo. Na segunda-feira, Bolsonaro declarou que permaneceria internado por, no mínimo, mais uma semana, destacando que a complexidade da cirurgia e o tempo de recuperação o levaram a optar por ficar em Brasília, perto da família.
O boletim médico do hospital informou que Bolsonaro permanece em acompanhamento pós-operatório na UTI, com piora clínica, aumento da pressão arterial e alteração nos exames laboratoriais hepáticos. Ele será submetido a novos exames de imagem na quinta-feira. O ex-presidente continua em jejum oral, com nutrição parenteral exclusiva, e segue com a rotina de fisioterapia. Visitas não são recomendadas.
Esta é a sexta cirurgia de Bolsonaro desde 2018, quando foi vítima de uma facada durante a campanha presidencial. Todas as operações são relacionadas a sequelas do ferimento.
Na quarta-feira, Bolsonaro foi notificado por uma oficial de justiça sobre a abertura de um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que o julgará por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente assinou o documento que inicia o prazo para a apresentação de sua defesa. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o presidente Lula, além de questionar a oficial de justiça sobre sua presença em uma UTI. De acordo com assessores, houve um aumento de pressão arterial no momento da notificação.
O STF informou que os demais réus no processo foram citados entre 11 e 15 de abril para apresentarem suas defesas. No caso de Bolsonaro, devido à internação, o tribunal aguardou o momento adequado para que ele recebesse a notificação. A live transmitida por Bolsonaro no dia 22 de abril, na qual estavam presentes seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos, além do ex-piloto Nelson Piquet, foi citada como prova de que ele poderia ser intimado no dia seguinte. A transmissão abordou a divulgação de capacetes de grafeno fabricados pela empresa da qual são sócios.
Em março, o STF decidiu tornar Bolsonaro e outros sete denunciados réus no inquérito sobre a tentativa de golpe contra Lula. Na terça-feira, mais seis pessoas foram incluídas como réus por envolvimento na organização da tentativa de ruptura institucional. Com informações O Globo
