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O índice acumulado em 12 meses chega a 5,49%, refletindo o impacto dos preços dos alimentos e dos serviços de saúde. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por: Editorial | 25/04/2025 15:48
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou 0,43% em abril, influenciada pelo aumento nos preços dos alimentos e itens de saúde. Esse resultado mostra uma desaceleração em relação a março, quando a taxa foi de 0,64%.
Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,49%, enquanto no mesmo mês do ano passado, o IPCA-15 registrou 0,21%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos nove grupos analisados pelo IBGE, oito apresentaram alta, com destaque para alimentação e bebidas, cuja inflação subiu de 1,09% para 1,14% entre março e abril, contribuindo com 0,25 ponto percentual para o IPCA-15 deste mês.
O grupo de saúde e cuidados pessoais também teve aceleração, passando de 0,35% para 0,96% no mesmo período. Juntos, esses dois grupos representaram 88% da prévia da inflação de abril.
Confira a variação e os impactos de cada grupo na prévia da inflação:
Alimentação e bebidas: 1,14% (0,25 ponto percentual)
Saúde e cuidados pessoais: 0,96% (0,13 ponto percentual)
Despesas pessoais: 0,53% (0,06 ponto percentual)
Vestuário: 0,76% (0,04 ponto percentual)
Comunicação: 0,52% (0,02 ponto percentual)
Artigos de residência: 0,37% (0,01 ponto percentual)
Habitação: 0,09% (0,01 ponto percentual)
Educação: 0,06% (0 ponto percentual)
Transportes: -0,44% (-0,09 ponto percentual)
Alimentos e saúde No grupo de alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio, que tinha subido 1,25% em março, passou a ter alta de 1,29% em abril. Os principais aumentos foram registrados no tomate (32,67%), café moído (6,73%) e leite longa vida (2,44%).
Já a alimentação fora do domicílio teve aumento de 0,77%, o que representa aceleração em relação a março, quando registrou alta de 0,66%. Os principais impactos vieram do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).
No grupo de saúde e cuidados pessoais, o aumento foi influenciado pelos itens de higiene pessoal (1,51%) e produtos farmacêuticos (1,04%). Em março, o governo autorizou um reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, o que impactou o índice. Além disso, os planos de saúde aumentaram 0,57%.
Transportes Os transportes foram o único grupo a apresentar deflação (queda nos preços) entre as prévias de março e abril. A principal influência foi a queda de 14,38% nas passagens aéreas, o que representou uma redução de 0,11 ponto percentual no IPCA-15, sendo o maior impacto negativo no índice.
Os combustíveis também ajudaram a aliviar os custos, com redução média de 0,38% nos preços. Houve variação negativa nos preços do etanol (-0,95%), gás veicular (-0,71%), óleo diesel (-0,64%) e gasolina (-0,29%).
Prévia x IPCA O IPCA-15 segue basicamente a mesma metodologia do IPCA, índice oficial utilizado na definição da meta de inflação do governo, que é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A principal diferença entre os dois índices é o período de coleta de preços e a abrangência geográfica. A prévia é divulgada antes mesmo do final do mês de referência, enquanto o IPCA é calculado após o fechamento do período. Para a divulgação atual, os preços foram coletados de 18 de março a 14 de abril.
Ambos os índices consideram uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades (incluindo regiões metropolitanas de várias capitais), enquanto o IPCA abrange 16 localidades. A divulgação do IPCA completo de abril ocorrerá no dia 9 de maio. Com informações Agência Brasil
