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Governo ucraniano propõe cessar-fogo parcial de até três meses. Foto: Reprodução O Globo.
Por: Editorial | 30/04/2025 09:32
O governo da Rússia anunciou nesta segunda-feira (28) um cessar-fogo de 72 horas na Ucrânia, programado para os dias 8, 9 e 10 de maio. Segundo o Kremlin, a trégua tem razões humanitárias e também marca o 80º aniversário do Dia da Vitória, data em que a União Soviética derrotou a Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial.
O Kremlin informou que o cessar-fogo começará no início do dia 8 e se estenderá até o fim do dia 10. A Rússia pediu que a Ucrânia também respeite a trégua, mas advertiu que eventuais violações por parte das forças ucranianas serão respondidas de forma "adequada e eficaz".
Até o momento da última atualização, o governo ucraniano ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o anúncio. Em nota, no entanto, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia reafirmou que Kiev deseja "um cessar-fogo imediato e duradouro".
A decisão russa ocorre após críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos recentes ataques russos a Kiev. Na semana passada, Trump acusou o presidente Vladimir Putin de prolongar intencionalmente a guerra e iniciou uma reaproximação com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Os dois líderes se encontraram no fim de semana, durante o funeral do papa Francisco no Vaticano. Após o encontro, Trump afirmou que Zelensky está “mais calmo” e reforçou que a Ucrânia enfrenta “uma força muito maior”. O presidente norte-americano também declarou que Putin precisa “parar com os bombardeios, sentar e assinar um acordo”.
Este é o segundo cessar-fogo anunciado pela Rússia desde o início da guerra. O anterior, decretado cerca de dez dias atrás por causa da Páscoa, durou 30 horas e, segundo Kiev, foi violado por Moscou.
A guerra já dura mais de três anos e ainda não há uma solução à vista. Um dos principais impasses está na posse dos territórios ocupados. Tropas russas controlam cerca de 20% da Ucrânia, incluindo áreas no leste e a Crimeia, anexada em 2014. Zelensky exige a devolução total dos territórios, enquanto Moscou insiste que essas regiões já pertencem à Rússia. Trump tem sinalizado que a Ucrânia poderá ter de aceitar parte dessas anexações em troca da paz. Com informações G1
