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Governo Trump envia emissário ao Brasil para debater sanções e liberdade de expressão


Representante se reúne com parlamentares e avalia ações de Moraes e Gonet sob críticas da direita.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à direita. Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Andrew Harnik/Getty Images Por: Editorial | 05/05/2025 08:55

David Gamble, coordenador interino de Sanções do governo de Donald Trump, está no Brasil nesta segunda-feira (5) para uma série de compromissos políticos e diplomáticos. A visita inclui reuniões com parlamentares da direita, encontros no Itamaraty e no Ministério da Justiça, segundo apuração da CNN.

Embora a embaixada dos Estados Unidos não tenha divulgado detalhes da agenda, confirmou em nota que uma delegação chefiada por Gamble foi enviada a Brasília para discutir "organizações criminosas transnacionais e os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas".

Fontes da CNN informam que Gamble também deve conversar com integrantes do governo brasileiro e ouvir parlamentares sobre a atuação de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes (STF) e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O objetivo seria avaliar se há, no entendimento do governo Trump, violações à liberdade de expressão de jornalistas e políticos conservadores no Brasil. Segundo o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro também está na agenda. Gamble ainda deve se reunir com representantes do MDB.

Trumpismo e bolsonarismo articulam pressões contra Moraes nos EUA

Desde fevereiro, grupos alinhados ao trumpismo e ao bolsonarismo têm buscado formas de pressionar os Estados Unidos a adotar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. As articulações incluem:

  • A aplicação da Lei Magnitsky, que permite sanções contra envolvidos em violações de direitos humanos ao redor do mundo;

  • A “No Censors on our Shores Act”, que propõe a proibição de entrada nos EUA de autoridades estrangeiras acusadas de restringir a liberdade de expressão;

  • A Foreign Corrupt Practices Act, que trata de práticas políticas e institucionais que possam afetar ilegalmente interesses norte-americanos.

Essas frentes visam responsabilizar autoridades brasileiras por supostas ações que limitem liberdades fundamentais, sob a ótica do atual movimento político conservador internacional. Com informações CNN Brasil




Diário do Interior MS
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