Referência nacional em agricultura regenerativa, o Grupo Scheffer vem consolidando sua presença em Mato Grosso do Sul, na esteira do crescimento global do setor, estimado em 14% ao ano até 2033. Com sede em Mato Grosso, a empresa adquiriu 5,37% da SLC Agrícola e já atua em unidades certificadas de produção em Costa Rica e Chapadão do Sul.
Com cerca de 40 anos no mercado, a empresa familiar — fundada por Elizeu Maggi Scheffer, primo do ex-ministro Blairo Maggi — fatura mais de R$ 1,7 bilhão ao ano e cultiva mais de 220 mil hectares em duas safras anuais. A meta agora é ambiciosa: tornar 100% das áreas cultivadas com práticas regenerativas até 2030. Atualmente, a colheita de algodão — seu segundo produto mais relevante após a soja — já apresenta produtividade 20% acima da média nacional, segundo especialistas.
A entrada na SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos do país, foi aprovada pelo Cade em março de 2024 e representa um investimento de R$ 400 milhões. Com essa participação, a família Scheffer tornou-se a segunda maior acionista da companhia, atrás apenas da família fundadora, os Logemann.
(Foto: Reprodução).
Além da produção de grãos, o Grupo Scheffer investe pesadamente em tecnologia e bioinsumos. Em parceria com a Andermatt Brasil, a empresa desenvolve produtos biológicos em sua fábrica em Sapezal (MT), com foco na redução do uso de agrotóxicos — uma tecnologia própria permite reduzir o uso de herbicidas em até 90%, conforme a demanda da lavoura.
Para o economista Guilherme Scheffer, diretor financeiro do grupo, a agricultura regenerativa é o caminho natural do agro: “É possível unir produtividade com responsabilidade ambiental, social e econômica.”
Segundo dados da SLC, a empresa é líder em área certificada em agricultura regenerativa nas Américas, com 181 mil hectares reconhecidos pelo selo internacional “Regenagri”. Em Mato Grosso do Sul, destacam-se as fazendas Planalto, em Costa Rica, e Pantanal, em Chapadão do Sul, com áreas combinadas de mais de 66 mil hectares.
(Foto: Reprodução)
Estudos do Boston Consulting Group projetam que o Cerrado brasileiro poderá gerar até US$ 100 bilhões com a agricultura regenerativa até 2050. Segundo o Grupo Scheffer, esse cenário só será possível com investimentos robustos em pesquisa, qualificação e políticas públicas.
Com mais de 2.500 colaboradores, o grupo atua também com pecuária de corte e mineração e mantém operações agrícolas na Colômbia. No Brasil, os investimentos continuam focados em ciência, capacitação e eficiência produtiva com sustentabilidade — pilares que garantem ao grupo destaque nacional e internacional no agro moderno. Com informações: Campograndenews.