A Polícia Federal enviou nesta quarta-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório complementar com um áudio que expõe um plano para assassinar autoridades com o objetivo de reverter a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O material foi extraído do telefone celular de Wladimir Soares, policial federal que fazia parte do grupo golpista aliado a Bolsonaro e foi preso em novembro de 2024, às vésperas da cúpula do G20. Além de atuar na PF, Soares integrava a equipe responsável pela segurança do Palácio do Planalto e repassava informações sigilosas sobre a agenda do presidente Lula para os conspiradores.
Diante da gravidade das mensagens encontradas, a Polícia Federal decidiu incluir o áudio em um adendo ao relatório final já enviado ao STF, comunicando também a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o conteúdo das gravações.
Segundo os investigadores, Soares admitiu, em áudio, fazer parte de uma equipe de operações especiais preparada para “defender o então presidente Jair Bolsonaro”, possuindo um “poder de fogo elevado” para “empurrar quem viesse à frente”.
O caso ganhou destaque em reportagem do Jornal Nacional, que revelou o teor das gravações que comprovam o envolvimento do policial em um plano de violência contra a democracia. Com informações: G1.