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Cobertura de prevenção à tuberculose cresce 43% no Paraná entre 2021 e 2024


Ampliação do tratamento preventivo e uso de testes avançados reforçam combate à doença no estado.
Técnicos do Laboratório Central do Paraná participam de visita do Ministério da Saúde para aprimorar ações de controle da tuberculose no estado. Foto: Lepac. Por: Editorial | 16/05/2025 09:38

O Paraná registrou um aumento de 43,43% na cobertura de prevenção à tuberculose entre 2021 e 2024, conforme dados da Divisão de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCIST) da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Esse avanço se deve principalmente à ampliação do Tratamento Preventivo da Tuberculose (TPT), voltado a pessoas que tiveram contato com pacientes diagnosticados e a quem vive com HIV.

Em 2021, foram notificados 769 casos de tratamento preventivo no estado, número que subiu para 1.103 em 2024. O TPT é uma estratégia fundamental para interromper a cadeia de transmissão, prevenindo o desenvolvimento da forma ativa da doença em pessoas infectadas pelo bacilo, mas ainda sem sintomas.

Juliana Taques, responsável técnica pelo Plano Estadual pelo Fim da Tuberculose na DCIST, ressalta a importância dessa expansão. “O tratamento preventivo interrompe a transmissão e reduz casos ativos. Avaliar os contatos e diagnosticar precocemente é o primeiro passo, seguido pelo início do tratamento, que é simples e eficaz, além da conscientização das pessoas”, explica.

Para reforçar o diagnóstico, a Sesa disponibiliza desde 2022 o teste IGRA (Interferon-Gamma Release Assay) em cinco regionais de saúde do estado e na capital, Curitiba. Até o momento, foram realizados 3.914 testes, que identificam a infecção latente da tuberculose, quando a bactéria está presente, mas sem manifestação ativa da doença. O estado também conta com laboratórios equipados com o Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB), que acelera o diagnóstico.

A tuberculose permanece um desafio para a saúde pública. Em 2023, o Paraná registrou 2.642 casos e 210 óbitos pela doença. Em 2024, houve leve aumento para 2.707 casos, mas queda nos óbitos, que foram 193. Em 2025, até o momento, já foram confirmados 761 casos, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A meta do estado é reduzir em 95% os óbitos por tuberculose até 2030.

Além do tratamento, a vacinação com BCG é uma importante forma de proteção contra as formas graves da doença. Desde fevereiro de 2024, a imunização foi implementada em 29 maternidades de alto risco no Paraná, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde para aplicação nos primeiros dias de vida.

Na última segunda-feira (12), o Laboratório Central do Estado (Lacen) recebeu visita técnica do Ministério da Saúde para aprimorar o diagnóstico e o controle da tuberculose no Paraná, reforçando o compromisso do estado com o enfrentamento da doença. Com informações: Obemdito.




Diário do Interior MS
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