A possibilidade de um reajuste no Bolsa Família, elevando o valor mensal de R$ 600 para R$ 700, foi descartada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo estimativas da Warren Investimentos, a medida custaria cerca de R$ 28 bilhões por ano aos cofres públicos.
O assunto ganhou repercussão nesta semana após mudanças nas regras de permanência no programa. Questionado por jornalistas nesta quinta-feira (15), Haddad foi enfático: “Não tem estudo, não tem demanda, não tem pedido. Está fora de cogitação. Não há pressão por parte do Ministério do Desenvolvimento Social [MDS] para isso”.
As alterações feitas pelo MDS, por meio de uma nova portaria, reduziram de 24 para 12 meses o tempo de permanência no programa para beneficiários que passam a ter renda formal. Durante esse período de transição, o valor pago é de 50% do benefício, ou seja, R$ 300.
Além disso, o critério de renda familiar per capita para aplicação dessa regra também mudou: o limite, que era de R$ 759, passou a ser de R$ 706. Ou seja, famílias com até R$ 706 por pessoa poderão permanecer no Bolsa Família por até 12 meses, mesmo após ingressarem no mercado de trabalho.
Para o economista-chefe da Warren, Felipe Salto, o endurecimento das regras pode reacender discussões sobre a necessidade de reajustes nas transferências. “A preocupação reside na inexistência de espaço fiscal para a eventual iniciativa”, escreveu o especialista.
Apesar da pressão indireta que pode surgir com as mudanças, o governo federal reitera que, por ora, não há qualquer movimento oficial para aumentar o valor do benefício. Com informações: CNN Brasil.