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Partos fora de hospitais ainda são realidade em MS: Paranhos lidera nascimentos domiciliares


Em 2023, mais de 180 bebês nasceram fora de unidades de saúde no Estado; só em Paranhos foram 60 partos em casa, segundo dados do IBGE.
Município de Paranhos lidera número de partos domiciliares em Mato Grosso do Sul, com 60 registros em 2023. Imagem ilustrativa. Por: Editorial | 20/05/2025 08:04

Mato Grosso do Sul registrou o nascimento de 41.735 crianças vivas em 2023, o que representa uma média de 114 nascimentos por dia. No entanto, outro dado chama atenção: mais de 180 desses partos ocorreram fora de hospitais, revelando que os nascimentos domiciliares ainda fazem parte da realidade do Estado.

De acordo com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgadas nesta sexta-feira (16), foram registrados, em média, 15 partos domiciliares por mês no ano passado. Esse tipo de nascimento aconteceu em todas as regiões de Mato Grosso do Sul, mas com destaque para o extremo sul do Estado.

A região de Iguatemi concentrou mais da metade dos partos fora de hospitais, somando 95 ocorrências. Somente em Paranhos, foram 60 nascimentos realizados em casa, o que representa 16% do total de 363 nascimentos registrados na cidade em 2023. Em Tacuru, também na mesma região, ocorreram 32 partos domiciliares.

Esses números indicam que os partos em casa ainda são comuns em municípios com menor infraestrutura de saúde e maior vulnerabilidade socioeconômica. A falta de acesso a hospitais ou serviços especializados pode ser um dos fatores que contribuem para essa realidade.

Outro dado revelado pelo levantamento do IBGE aponta que 957 crianças foram registradas em cidades diferentes de onde suas mães residem. Esse deslocamento é resultado da ausência de cartórios em diversos municípios de Mato Grosso do Sul, o que compromete o acesso ao registro civil.

“Estudar essa cobertura do registro civil permite o desenvolvimento de políticas para atingir a universalização do registro civil e proporcionar o pleno acesso à cidadania, além de auxiliar na melhoria dos sistemas de estatísticas vitais e no aperfeiçoamento de indicadores demográficos”, explica José Eduardo Trindade, analista da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE. Com informações: Midiamax.




Diário do Interior MS
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