Nesta terça-feira (27), o dólar opera em queda de 0,57%, cotado a R$ 5,6427 às 15h45, enquanto o Ibovespa sobe 1,13%, alcançando 139.698 pontos, com máxima do dia acima dos 140 mil pontos. O cenário de mercado é influenciado principalmente pela divulgação do IPCA-15, prévia da inflação oficial brasileira, que registrou alta de 0,36% — abaixo da expectativa de 0,44%.
Este resultado mais favorável pode dar espaço ao Banco Central para adotar uma elevação mais moderada da taxa Selic, hoje em 14,75%, ou mesmo interromper o ciclo de alta dos juros na próxima reunião. “O IPCA-15 ajuda no curto prazo, trazendo mais conforto para o encerramento do ciclo da alta de juros”, explica Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval.
No entanto, as pressões do Congresso para barrar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) geram preocupação. A medida do governo, que prevê arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 para ajudar a zerar o déficit fiscal, já foi alvo de 20 propostas de suspensão. O governo ainda não detalhou como compensará a perda de receita, especialmente após recuar sobre o aumento do IOF para investimentos no exterior. O ministro da Economia, Fernando Haddad, indicou que a decisão será tomada até o fim da semana, entre contingenciamentos ou outras alternativas.
No cenário externo, o adiamento para 9 de julho das tarifas de 50% anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra a União Europeia, acalmou os mercados. A medida inicial causava temores de elevação nos preços e impacto negativo no comércio global. Trump ressaltou que espera avanços nas negociações para abertura comercial entre EUA e UE, o que reforça o otimismo dos investidores.
Além disso, a agenda econômica nacional terá outros indicadores importantes nos próximos dias, como os dados de emprego formal e a taxa de desemprego nesta quinta-feira (29), e o PIB do segundo trimestre na sexta-feira (30). Com informações: G1.