O Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu, na manhã desta quinta-feira (29), três testemunhas indicadas pela defesa de Anderson Torres na Ação Penal 2668, que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito em 2022. A audiência, conduzida por videoconferência, foi presidida pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e integra a fase de instrução do processo.
Foram ouvidos Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União, Wagner Rosário, ex-ministro da Controladoria-Geral da União, e Adolfo Sachsida, ex-ministro de Minas e Energia. A defesa de Torres desistiu de ouvir outras três testemunhas previamente arroladas: Paulo Guedes, ex-ministro da Economia; Célio Faria, ex-assessor de Bolsonaro; e Adler Anaximandro Cruz e Alves.
Anderson Torres, que ocupou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública durante o governo de Jair Bolsonaro, é apontado pela Procuradoria-Geral da República como integrante do “Núcleo Crucial” da suposta trama golpista. Entre os outros réus estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares de alta patente e ex-ministros do governo, todos acusados de crimes graves como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, formação de organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
As oitivas das testemunhas devem continuar até o dia 2 de junho. Segundo o cronograma do STF, até agora 43 testemunhas foram ouvidas. Houve ainda 16 desistências por parte das defesas e a apresentação de duas declarações por escrito. Restam 21 depoimentos a serem colhidos nos próximos dias. Com informações: STF.